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Servidores atenderam mulher que morreu de coronavírus sem EPIs

Relatório médico da UPA do Jardim Ingá (GO) registra a denúncia sobre a falta de luvas, máscaras e outros materiais para prevenção à doença

atualizado

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Os médicos e enfermeiros que atenderam a vítima fatal de Goiás infectada pelo coronavírus não usavam equipamentos de proteção individual (EPI) quando ela esteve na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Ingá (GO), no último dia 24 de março.

Um relatório médico obtido pelo Metrópoles revela que, além de profissionais da saúde, a equipe de limpeza do local também não estava protegida com máscaras e luvas contra a Covid-19.

“Deixo aqui relatado que na unidade toda a equipe de limpeza, técnicos em enfermagem, radiologia e médica foram expostos sem nenhum EPI necessário para a gravidade do quadro. Ficando desobrigados perante o art. 135 do Código Penal, não configurando como omissão de socorro nem negativa de atendimento, pois o crime só ocorre quando se é possível prestar assistência sem risco pessoal.”

A vítima esteve no Distrito Federal há 10 dias. Segundo apurou o Metrópoles, a mulher fez exames em um hospital particular da Asa Sul e iniciou tratamento contra pneumonia. Após essa primeira morte, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), pediu aos moradores do Entorno para evitarem visitas ao Distrito Federal.

A paciente tinha 66 anos. Primeiramente, foi atendida em um hospital particular de Luziânia (GO), município do Entorno do Distrito Federal. Contudo, após o agravamento do quadro, foi orientada a procurar a UPA do Jardim Ingá para, de acordo com o relatório, ser internada.

Ela acabou sendo direcionada para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia, onde morreu nesta quinta-feira (26/03).  A paciente esteve em Brasília há 10 dias.

Veja o documento: 

 

Agravamento

Segundo apurou o Metrópoles, antes de o quadro clínico se agravar, a mulher fez exames em um hospital particular da Asa Sul e deu início a um tratamento contra pneumonia. Há mais quatro pacientes testados positivos para a doença no município goiano, de acordo com a Secretaria de Saúde da cidade. Todos apresentam quadro de saúde estável.

A vítima tinha uma série de comorbidades, como hipertensão, doença pulmonar, diabetes, e teve dengue recentemente. Até o começo da manhã desta quinta, o número de casos confirmados de coronavírus em Goiás era 35, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde.

A coluna questionou a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela unidade de atendimento, sobre os riscos alegados pelos profissionais de saúde lotados na UPA do Jardim Ingá. Titular da pasta, José Walter não respondeu aos questionamentos e sintetizou o contato ao dizer que “não comenta notícias de redes sociais”.

 

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