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Senadora Eliziane: prorrogação da CPI não basta para apurar corrupção

“Integrante informal” da comissão argumentou sobre velocidade de novos fatos, em especial da denúncia de cobrança de propina na vacina

atualizado

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Jefferson Rudy/Agência Senado
Eliziane Gama
1 de 1 Eliziane Gama - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) afirmou, na noite de terça-feira (29/6), que o pedido de prorrogação por mais três meses da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 “não será suficiente” para que o Senado Federal consiga apurar os possíveis delitos do governo federal na gestão da atual crise sanitária brasileira causada pelo novo coronavírus.

Já há assinaturas suficientes para apresentação do requerimento ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

“Os três meses que nós temos ainda para ser prorrogados não serão suficientes para que a gente possa elucidar de forma mais clara e materializada todo o esquema que estamos acompanhando. Enfim, a cada dia, a cada instante, você vê um novo fato. A gente viu no depoimento dos irmãos Miranda, por exemplo, quando disseram que falaram claramente acerca de pagamento propina”, disse.

Considerada como “titular informal” da comissão, a parlamentar também comentou sobre as recorrentes falas do deputado Luis Miranda (DEM-DF) de que pode revelar mais provas sobre o escândalo da compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde, o qual suspendeu o contrato por 10 dias por orientação da Controladoria-Geral da União (CGU).

A congressista entende que a estratégia do deputado federal é devido ao cenário terrível e de chances de contra-ataques de quem é alvo das denúncias.

“Parece que no caso do Miranda existem muitos temores, né? Do que isso pode representar para a vida dele, tanto do ponto de vista pessoal, quanto também do desenrolar da vida política. Então, quando alguém decide tomar uma decisão, de trazer uma denúncia, sabe que vai ter uma contra-ataque, porque quem é denunciado nunca quer deixar que o crime venha à tona e fique simplesmente exposto, sem que o denunciante realmente tenha algum tipo de contrapartida. Então, é absolutamente compreensível, porque a gente está adiante de um cenário muito terrível”, reforçou.

A senadora Eliziane Gama foi convidada do grupo Política & Patuscada, um coletivo de lideranças políticas que acontece semanalmente dentro do ClubHouse, nova rede social de áudio e que tem promovido inúmeras salas de debate sobre as eleições de 2022. Ciro Gomes, ACM Neto e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, também passaram pela mesma sabatina.

Pelas políticas de privacidade, apenas foi possível a reprodução do conteúdo porque os moderadores informaram que a sala seria retransmitida pelo Youtube, o que tornou a conversa pública.

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