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Novo golpe: homem pede Pix por tratamento contra câncer do Hospital de Base

Criminoso tentava a transferência após saber o nome e a doença do paciente atendido na unidade. Caso é investigado pela Polícia Civil do DF

atualizado

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Davidyson Damasceno/Iges-DF
HBDF
1 de 1 HBDF - Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF

Um criminoso foi denunciado na 5ª Delegacia de Polícia, nesta segunda-feira (13/9), após ter usado um aplicativo de celular para tentar extorquir a filha de um paciente internado no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), uma das principais referências da rede pública local, para a liberação de um medicamento para quimioterapia.

Patrícia de Carvalho da Silva acompanhava Francisco Veloso, de 70 anos, para tratamento contra um câncer e, antes de serem atendidos, a responsável pelo paciente recebeu uma ligação de uma pessoa que seria profissional de saúde da unidade hospitalar e fez a investida.

Na conversa, o criminoso afirmou que a quimioterapia não poderia ser realizada porque não haveria autorização para liberar o medicamento, mas que a situação poderia ser revertida no caso de transferência por Pix.

Patrícia conta que logo percebeu tratar-se de um golpe e, preocupada, desligou antes mesmo de o golpista falar qual seria o valor do depósito.

“Depois que me acalmei, tentei retornar a ligação, mas deu número de celular restrito e ninguém atendeu”, relatou a mulher ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), responsável por registrar o boletim de ocorrência.

Patrícia sustenta que ninguém da família havia divulgado o número do telefone para pessoas estranhas durante as idas ao Hospital de Base.

“Fiz amizade com uma senhora que também estava com o pai fazendo quimioterapia, mas não dei meu celular nem pra ela nem pra ninguém”, afirma. Patrícia denunciou o caso à direção do HB, que é administrado pelo Iges.

A vice-presidente da entidade, Maristela Souza de Jesus, esclareceu que todos os medicamentos e tratamentos da unidade são “totalmente gratuitos”. A instituição também é responsável por administrar o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e seis unidades de pronto atendimento (UPAs).

 

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