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Entorno: genro da mulher morta está com suspeita de Covid-19

Esposo foi confirmado com doença e quadro é grave. Ele foi transferido para o Hospital de Campanha de Goiânia na noite desta quinta-feira

atualizado

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Após a morte da primeira mulher com coronavírus em Goiás, o genro dela foi internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Ingá, situado no Entorno do Distrito Federal, nesta quinta-feira (26/03), com sintomas do novo coronavírus.

Por se tratar de membro da família que teve contato direto com a paciente contaminada, ele foi imediatamente isolado.

Antes do genro, o viúvo da paciente também tinha dado entrada em estado grave na mesma unidade de saúde, mas precisou ser transferido no início da noite para o Hospital de Campanha da capital do estado vizinho.

O teste dele já foi feito e encaminhado para o Laboratório Central (Lacen) da Secretaria de Saúde em Goiânia. O resultado deu positivo para coronavírus e o quadro do idoso de 74 anos é considerado grave.

“Nossa equipe vai tratar do paciente, que está em estado grave, com todo o carinho e dedicação. E, com fé em Deus, vai se recuperar”, escreveu o governador Ronaldo Caiado (DEM) em suas redes sociais.

Isolamento

Desde que a mulher foi diagnosticada com a nova doença, familiares da primeira vítima de coronavírus registrada em Goiás foram isolados. A idosa de 66 anos estava internada no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia, e havia sido transferida de Luziânia (GO). A cidade, que fica a cerca de 80 km do DF, tem aproximadamente 200 mil habitantes. A paciente esteve em Brasília há 10 dias.

Nesta quinta-feira, o Metrópoles revelou que médicos e enfermeiros responsáveis por atender a vítima fatal de Goiás infectada pelo coronavírus não usavam equipamentos de proteção individual (EPIs) quando a mulher esteve na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Ingá (GO), no último dia 24 de março. Trata-se do mesmo local onde o marido da idosa está internado.

Trecho do relatório médico diz o seguinte: “Deixo aqui relatado que na unidade toda a equipe de limpeza, técnicos em enfermagem, radiologia e médica foram expostos sem nenhum EPI necessário para a gravidade do quadro. Ficando desobrigados perante o art. 135 do Código Penal, não configurando como omissão de socorro nem negativa de atendimento, pois o crime só ocorre quando se é possível prestar assistência sem risco pessoal.”

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