metropoles.com

Com 84% de obra inconclusa, GDF quer reinaugurar MAB em abril

Prazo é questionado pelo MPDFT, que solicitou ao governo local novo cronograma de execução das reformas orçadas em R$ 9 milhões

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
MAB – Múseu de arte de Brasília
1 de 1 MAB – Múseu de arte de Brasília - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um dos símbolos do descaso com as políticas culturais do Distrito Federal nas últimas gestões, o Museu de Arte de Brasília (MAB) deve ser reinaugurado em abril de 2020, de acordo com o planejamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secult). Até agora, apenas 16% das obras estão concluídas, fato que levou o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) a cobrar do Palácio do Buriti o cronograma atualizado sobre a restruturação. O custo é de R$ 9 milhões, com recursos do Banco do Brasil.

De portas fechadas desde 2007, quando o próprio MP recomendou a suspensão das atividades devido aos riscos causados pela falta de manutenção, o acervo milionário do MAB teve de ser abrigado no Museu da República.

Em maio de 2017, o GDF ensaiou uma licitação para revitalizar o espaço, mas os recursos demoraram para cair nas contas do GDF.  A gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) chegou a anunciar a reabertura do local em setembro de 2018, prazo que não foi cumprido.

Pela situação de completo abandono, as intervenções tiveram de atingir a base estrutural do prédio. Uma das escadas de acesso aos andares foi demolida, pois não atendia as normas de acessibilidade e do Corpo de Bombeiros.

Corrimãos e guarda-corpos também estão sendo substituídos para atender as legislações sobre acessibilidade e segurança. Além disso, dois elevadores estão sendo instalados no local.

Segundo a Secretaria de Cultura, na próxima semana, será finalizada a extensão da laje da reserva técnica, espaço destinado à custódia e ao tratamento técnico e físico do acervo do equipamento cultural. Com isso, o MAB ocupará mais de 5 mil m² de área construída, 200 a mais do que o projeto original.

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Museu de Arte de Brasília: espaço cultural fechado há anos
Fotovoltaico

A quantidade de modificações acendeu a luz amarela na 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (1ª Prodema), que realizou vistoria no local recentemente.

“Segundo ficou constatado durante a vistoria e conforme informação obtida no local, o prazo de término da obra, previsto para o dia 1° de abril de 2020, provavelmente, não será cumprido, tendo em vista tratar-se de reforma em edificação com características peculiares e específicas”, registra o relatório do MP. Para cumprir o prazo divulgado, o GDF deve terminar, até abril, nada menos do que 84% dos trabalhos.

“Ainda conforme informou o mestre de obras, por esse motivo, paralisações são necessárias para encontrar soluções técnicas e estéticas que respeitem as peculiaridades e características originais da edificação, e para atender as normas relativas à conservação do acervo”, continua.

A Secult destaca que o museu adotará o sistema fotovoltaico, de aproveitamento de luz solar. “Assim, o MAB, assinado por Oscar Niemeyer em 1960 e construído segundo os padrões da arquitetura moderna, com predominância de vãos livres, será o primeiro museu de Brasília com energia renovável e sustentável. A medida não deixa de ser uma renovação do espírito modernista da cidade no seu aniversário de 60 anos”, pontuou a pasta.

Veja trecho do relatório do MP:

Reprodução

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?