Alvo de operação do MP, ex-secretário do DF testa positivo para Covid
Francisco Araújo ocupou a Secretaria de Saúde e foi preso pela Justiça após denúncia de suposto superfaturamento de kits para testes
atualizado
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Alvo da Operação Falso Negativo, que tramita no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), o ex-secretário de Saúde Francisco Araújo afirmou, nesta segunda-feira (24/1), ter testado positivo para a Covid-19.
Pelas redes sociais, o ex-titular da coordenação da pandemia do Governo do Distrito Federal (GDF) disse estar com quadro leve da doença e que já recebeu o imunizante contra o novo coronavírus.
“Testei positivo para Covid. Estou com sintomas leves. Fui vacinado. Deus na frente”, escreveu no Twitter.


Ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araujo na CPI da Covid-19 foi preso durante operação por suposto superfaturamento de testes Rafaela Felicciano/Metrópoles

Francisco Araújo foi preso na Operação Falso Negativo Rafaela Felicciano/Metrópoles

Francisco Araújo foi secretário de Saúde do DF Hugo Barreto/Metrópoles

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) investiga superfaturamento no valor de R$ 30 milhões em cima de contratos que somam R$ 73 mi na compra de testes de Covid-19 pelo Governo do Distrito Federal Hugo Barreto/Metrópoles

Gaeco cumpriu mandado de busca e apreensão na Asa Sul Rafaela Felicciano/Metrópoles
Operação Falso Negativo
Francisco Araújo foi afastado do cargo após acusação de chefiar suposto esquema de superfaturamento de testes para Covid-19 e corrupção em contratos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Ele chegou a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado Federal.
O ex-gestor foi preso em 25 de agosto, no âmbito da Operação Falso Negativo, enquanto era titular da pasta.
Araújo e outras 14 pessoas viraram réus, acusados de organização criminosa, inobservância nas formalidades da dispensa de licitação, fraude à licitação e na entrega de uma mercadoria por outra (marca diversa) e peculato (desviar dinheiro público).
O prejuízo estimado aos cofres públicos, com atualizações monetárias e danos causados pela ação do grupo, é de R$ 46 milhões. Somente com possíveis desvios em contratos para compra de testes da Covid-19, o MPDFT calcula dano de R$ 18 milhões ao erário.
A defesa do ex-secretário sempre negou as acusações e argumenta que o cliente será inocentado na Justiça.