metropoles.com

Rã e ouriço: conheça restaurantes com carnes não convencionais no DF

Seja por curiosidade ou por conhecimento de causa, muitos consumidores optam por proteínas diferentes quando comem fora de casa

atualizado

Compartilhar notícia

JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
Brasília (DF), 06/12/2018  – Evento: Restaurantes que usam carnes não convencionais em seus pratos –  Local Saveur Bistrot (Setor de Mansões Dom Bosco, Conjunto 10, Lote 1) Foto: JP Rodrigues/Espec
1 de 1 Brasília (DF), 06/12/2018 – Evento: Restaurantes que usam carnes não convencionais em seus pratos – Local Saveur Bistrot (Setor de Mansões Dom Bosco, Conjunto 10, Lote 1) Foto: JP Rodrigues/Espec - Foto: JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles

Ninguém come estas carnes desavisado. Se por curiosidade ou por conhecê-las muito bem, o brasiliense tem se arriscado com animais pouco ortodoxos em seu prato. Seja uma carne de caça, como o javali ou a codorna, ou bichos tidos como menos nobres, como é o caso da rã e do ouriço, que comumente é jogado de volta no mar quando pescado.

Segundo Divino Barbosa, chef do Santé 13, os curiosos que pedem as coxinhas de rã do menu – três peças fritas ao molho de cinco ervas sobre cama de tártaro, a R$ 41 – sempre se surpreendem. “Quem vê depois de pronta não fala que é rã, parece uma tulipa, uma coxinha de frango. Aconteceu diversas vezes de eu ir até a mesa para pedir retorno sobre essa entrada exótica. Eles dizem: ‘Gente, jamais pensei que ia gostar de um bichinho tão feio!’”, brinca.

O Saveur Bistrot também serve a iguaria como entrada: perninhas grelhadas em manteiga de alho sobre purê de ervilhas, a R$ 46. Frequentemente comparada à carne de galinha ou à de peixe, a rã está, segundo o chef Thiago Paraíso, entre um e outro. “Não é leve como um pescado, mas não é tenro como o frango. É muito simples de fazer, não tem mistério: a cocção não pode ser muito longa, a carne fica borrachuda. A gente só sela e finaliza no forno com a manteiga”, descreve o cozinheiro.

JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
Thiago Paraíso brinca com uma rã servida no Saveur: textura da carne está entre a de peixe e a de frango

 

No Saveur, outro bicho estranho é o carro-chefe da casa: a costela de javali ao molho de jabuticaba, com risoto de queijo coalho e banana crocante (R$ 84), tem boa saída entre os clientes. “O javali nada mais é que um porco selvagem. A carne é mais escura, chega a ser um pouco mais magra que a do porco, mas o sabor é parecido. O prato em si tem o diferencial do molho adocicado em união ao risoto de coalho”, descreve Paraíso.

Se os clientes do Saveur adoram o javali, os da Santa Pizza tendem a ser mais conservadores. A pizza Obelix, que leva muçarela, muçarela de búfala, linguiça de javali, tomate e queijo grana padano, tem pouca saída. “O pessoal prefere pizza marguerita, é um clássico. A gente sempre sugere a Obelix quando o cliente dá abertura, e temos retornos positivos. Mas, se saem 20 pizzas dessas por mês, é muito”, comenta Fernanda Neiva, proprietária da pizzaria.

Essa linguiça de carne de javali só pode ser encontrada na casa da Asa Sul: vem de um fornecedor artesanal do interior do Paraná. No salão, é possível pedir a pizza individual (R$ 63), a brotinho (R$ 46,70), a média (R$ 59,80) e a grande (R$ 73,10). Os dois últimos tamanhos também estão disponíveis no delivery.

0

Um dos pontos de encontro mais badalados da comunidade nipônica brasiliense é o New Koto, na Asa Sul. Ali, outro animal diferente consta no cardápio: a porção de sushi de ouriço (R$ 30) é uma queridinha da clientela. “Tem um gostinho de mar. Servimos cru, bem fresquinho. Tem cliente não nipônico que gosta muito, até uns que vêm aqui só para comer o ouriço. O pessoal é meio viciado”, brinca o gerente da casa, Jun Marcelo Kuriki.

Outro lugar para se comer ouriço é… o Ouriço. O chef Thiago Paraíso também assina o menu desse estabelecimento e conta que, quando seu fornecedor em Santa Catarina tem a iguaria, ele consegue servir o prato que dá nome ao restaurante: o tartare de frutos do mar com ouriço (R$ 84).

“Posso dizer que as pessoas provam o ouriço por curiosidade. A maioria dos nossos clientes nunca comeu. É, de fato, um fruto do mar muito exótico e difícil de consumir. Como temos um menu degustação, é um prato que mando muito, porque o pessoal normalmente não pede algo assim do cardápio”, conta o chef.

Em Taguatinga, a melhor pedida do Rei da Codorna também está no nome do restaurante. Servida frita e acompanhada de farofa (a R$ 16; somente a codorna por R$ 13), a carne exótica tem clientela fiel na região administrativa. “Só experimentando mesmo. É uma carne diferente, macia, saborosa. O tempero é o mais simples possível, não pode misturar coisa demais, para não mascarar o gosto. Usamos apenas alho e sal”, descreve Carlos Alberto da Costa, proprietário do estabelecimento.

New Koto
212 Sul. Terça a sábado, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Telefone: (61) 3346-9668

Ouriço
SHIS QI 21, Conjunto 4, Lago Sul. Terça a quinta, das 19h30 às 23h30; sexta e sábado, das 12h às 15h e das 19h às 23h30; domingo, das 12h às 16h. Telefone: (61) 99558-0179

Rei da Codorna
Setor D Norte, Taguatinga. Segunda a sexta, das 16h à 0h; sábado, das 11h à 0h. Telefone: (61) 3355-3613

Santa Pizza
207 Sul. Domingo a quinta, das 18h30 às 23h30; sexta e sábado, das 18h30 à 1h. Telefone: (61) 3244-1415

Santé 13
413 Norte. Segunda a quarta, das 12h às 23h; quinta, das 12h à 0h; sexta e sábado, das 12h à 1h; domingo, das 12h às 17h. Telefone: (61) 3037-2132

Saveur Bistrot
SMDB Conjunto 10, Lote 1, Lago Sul. Terça a sábado, das 19h30 às 23h30. Telefone: (61) 99116-3211

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?