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Olimpíada no berço do judô inspiram brasileiras na busca por medalhas

Mayra Aguiar e Maria Suelen Altheman estão motivadas a buscar medalhas em Tóquio-2020

atualizado

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Julian Finney/Getty Images
Judô Mayra Aguiar
1 de 1 Judô Mayra Aguiar - Foto: Julian Finney/Getty Images

Disputar os Jogos Olímpicos no berço do judô tem sido uma inspiração e motivado ainda mais Mayra Aguiar e Maria Suelen Altheman em suas caminhadas em busca de uma medalha em Tóquio-2020. A modalidade terá as suas primeiras lutas neste sábado (24/7).

“É um sentimento muito bom lutar aqui. Gosto muito do país, da cultura, da comida, das pessoas, me sinto em casa mesmo. Viver esse momento olímpico nesse lugar que eu gosto me deixa muito feliz”, disse Mayra, duas vezes medalhista de bronze em Jogos Olímpicos (Londres-2012 e Rio-2016) e bicampeã mundial. “São Jogos ímpares. Primeiro eu lutei em casa, no Rio, agora no berço do judô, em Tóquio”, festejou Maria Suelen.

A judoca, que foi medalha de bronze no último Mundial, neste ano, na categoria pesado (acima de 78kg) disse ter conseguido tirar o máximo proveito dos treinos mesmo com as restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus. Ela acredita que o esquema que organizou com ajuda do marido, de amigos e de membros da comissão técnica foi essencial para que se mantivesse em alto nível até a chegada a Tóquio.

“Mantive a rotina mesmo com as incertezas de quando as competições voltariam. Acordava, treinava e comia nos mesmos horários todos os dias para não levar um baque quando as coisas voltassem. Não teria conseguido se essas pessoas não estivessem ao meu lado vivendo meu sonho”, agradeceu Maria Suelen.

Já Mayra se viu às voltas com mais uma lesão no período que antecedeu os Jogos de Tóquio-2020. Ela sofreu uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo em outubro do ano passado e precisou ser submetida a sua sétima cirurgia.

“Foi uma superação de novo. Já estou acostumada a passar por esse tipo de coisa, já sei o caminho. Foi uma lesão dura, que leva meses para recuperar. Acho que estou na melhor fase da recuperação. Desde a cirurgia, eu me agarrava às pequenas vitórias. Minha irmã é fisioterapeuta e acabei sugando ela. Tive pessoas à minha volta capacitadas que me ajudaram. Estou me sentindo mais forte mentalmente. Foi um baque até chegar aqui, mas valeu a pena”, disse a judoca da categoria meio-pesado (até 78kg).

As atletas afirmaram que a ausência de público nas arenas não deve afetar seus rendimentos, já que elas conseguem se focar apenas na voz de seus treinadores enquanto estão lutando. “A torcida não influencia na hora da luta, não consigo escutar a arquibancada. Estamos vivendo um momento diferente, com ginásio vazio, só atletas e comissão técnica. Os japoneses torcem muito, mas acho que não vai fazer tanta diferença”, afirmou Maria Suelen.

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