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Mulheres afegãs são proibidas de praticar esportes no Talibã, diz jornal

“Não acho que as mulheres serão autorizadas a jogar críquete porque não é necessário que mulheres joguem críquete”, disse vice-diretor

atualizado

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Stan Grossfeld/The Boston Globe via Getty Images
Mulheres afegãs esportes
1 de 1 Mulheres afegãs esportes - Foto: Stan Grossfeld/The Boston Globe via Getty Images

O vice-diretor da comissão cultural do Talibã concedeu entrevista à rede australiana SBS, reproduzida pelo jornal britânico The Guardian, na qual comentou a prática do críquete pelas mulheres e indicou que elas serão proibidas de jogar o esporte.

“Não acho que as mulheres serão autorizadas a jogar críquete porque não é necessário que mulheres joguem críquete. No críquete elas estarão em uma situação onde seus rostos e corpos não estarão cobertos. O Islã não permite que as mulheres sejam vistas assim”, disse Ahmadulla Wasiq.

“Esta é a era da mídia, e haverá fotos e vídeos, e as pessoas irão assistir. O Islã e o Emirado Islâmico (como os talibãs rebatizaram o Agefanistão) não vão permitir que as mulheres joguem críquete ou qualquer esporte em que sejam expostas”, afirmou.

Essas falas ressaltaram a posição radical do grupo e a exclusão dos direitos das mulheres, apesar de algumas tentativas de dizer o contrário.

A federação afegã de críquete disse ao The Guardian que não foi comunicada oficialmente deste posicionamento, mas o programa de formação para meninas já foi suspenso. Informações indicam que há atletas escondidas, querendo fugir do país, com medo da repressão.

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