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Rômulo Mendonça, da ESPN, é o narrador mais sensacional do Rio 2016

O narrador, responsável pela transmissão dos jogos de vôlei, usa memes e referências da cultura pop para transformar as transmissões em eventos hilários. Ele conversou com o Metrópoles

atualizado

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Arte/Metrópoles
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1 de 1 romulo-post - Foto: Arte/Metrópoles

O jogo de vôlei entre Brasil x China, nesta terça-feira (16/8), vai ser muito bom. Mas, se podemos fazer uma sugestão, tem um jeito dele ficar mais legal ainda: sintonize na ESPN, às 22h15. O motivo? Rômulo Mendonça. Cheio de memes e piadas, o locutor é a sensação dos Jogos Rio 2016.

Você acha que é muita babação de ovo? Então, vale dar uma olhada nas redes sociais. Sem dúvidas, Rômulo é a webcelebrity do momento.

A cada vez que ele solta um “Aqui não queridinha” ou um “Lacradora”, a internet vem abaixo com risadas e comentários.

Rômulo confessa que é um admirador dos memes. “Estamos em 2016, a narração tem que ser diferente. Mas vou além das redes sociais, busco coisas que conheço, que ouvi, que vi na TV e no cinema”, explica, em entrevista ao Metrópoles.

O narrador faz questão de ressaltar que há espaço para o humor, porque ele estudou muito. “Passei um mês e meio só vendo vôlei, assisti a todos os jogos do Grand Prix, da Liga Mundial. Entendi como o esporte funcionava, quem são os jogadores”. Foi assim que ele fez uma das piadas mais legais, na partida entre Rússia e Japão.

Ao citar um lance da central Irina Fetisova, ele mandou: “Uma deusa, uma louca, uma Fetisova”. “Não necessariamente gosto de Rick & Renner, mas tenho essa referência e percebi que ia ficar legal”. Acertou em cheio!

Pelo visto, as meninas do Rouge também fazem parte do repertório de Rômulo, que, durante o jogo, é sempre possuído pelo ritmo ragatanga.

Isso quando ele não faz espalhar produto Jequiti pela quadra inteira e arranca risadas de todo mundo.

Aqui é trabalho!!
A frase imortalizada por Muricy Ramalho pode ser aplicada a Rômulo. Quem acompanha NBA ou NFL nos canais ESPN já conhece o estilo do locutor, mas, para boa parte do público, ele é novidade. E das boas. O jeitão é construído com muita pesquisa esportiva. “Eu estudei vôlei para as Olimpíadas, não piada. Isso eu já sabia”, brinca.

Eu busco coisas além do jogo para chamar atenção. Fui pesquisar. É informação com humor, mas tem que ter conteúdo, senão é uma transmissão pobre

Rômulo Mendonça

Rômulo faz questão de agradecer à liberdade dada pela ESPN e afirma que os concorrentes o fizeram mergulhar no humor. “Respeito muito o SporTV, os caras são gigantes. Tivemos que buscar algo novo, senão eles nos esmagavam. É uma vitória chamarmos a atenção com trabalho e criatividade. Confesso que não esperava tanta repercussão”.

Referências
Rômulo buscou inspiração em vários nomes da televisão do rádio brasileiro. Um deles, em especial, é Osmar Santos (67 anos). A carreira no rádio do “Garotinho” foi uma das principais referências para o narrador da ESPN. “Ele tinha a capacidade de contextualizar o jogo com o que acontecia na sociedade. Mais para o lado da política, do combate à ditadura”.

Na gringa, ele achou a referência de estilo e de humor. É o espanhol Andrés Montes (morto em 2009), que, assim como Rômulo, narrava a NBA.

“A narração dele era muito criativa, muito carismática. Descobri ele enquanto pesquisava narradores pela internet e achei sensacional”, confessa Rômulo.

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