Hamilton, LeBron, Richarlison: atletas usam voz em lutas sociopolíticas
Protestos de esportistas têm se tornado frequente em 2020. Jogador da Seleção se uniu a manifestação por Justiça por Mariana Ferrer
atualizado
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A decisão da Justiça catarinense de inocentar o empresário André Aranha da acusação de violência sexual contra Mariana Ferrer provocou revolta. Entre os inúmeros protestantes anônimos, famosos e artistas estava o atacante Richarlison, do Everton. O jogador brasileiro postou a hashtag #justicapormariferrer e ganhou elogios nas redes por se posicionar sobre o caso.
Em meio às exaltações a Richarlison, havia também muita surpresa com a atitude do brasileiro, já que manifestações sobre causas sociais e políticas costumam ser raridade entre esportistas.
Richarlison, no entanto, é mais um no rol de atletas que não temem se expor em relação ao que acreditam e defendem. Além dele, esportistas em atividade de variadas modalidades têm soltado a voz contra injustiças, em favor de minorias e sobre questões políticas.
A seguir, o Metrópoles destaca esportistas que têm chamado a atenção pela postura ativista em 2020.
LeBron James
Além de craque em quadra, LeBron também é engajado em causas sociais Rich Kane/Icon Sportswire/Corbis/Icon Sportswire via Getty Images)
Lewis Hamilton pode sofrer punição da Fórmula 1 por usar camisa antirracista
Lewis Hamilton se tornou voz ativa contra o racismo - O piloto tem pulverizado os recordes na Fórmula 1 e ao mesmo tempo se tornando uma referência fora das pistas. Em julho, o britânico e outros 13 pilotos se ajoelharam contra o racismo antes do Grande Prêmio da Áustria. Na ocasião, Hamilton usou uma camisa com os dizeres Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em inglês). Desde então, passou a apoiar e ressaltar causas antiracistas. Ele também já se manifestou contra o desmatamento de florestas, bem como contra a construção do autódromo do Rio de Janeiro, porque causaria danos ambientais. Dan Istitene - Formula 1/Formula 1 via Getty Images
Megan Rapinoe
Megan Rapinoe e sua luta contra o preconceito - Eleita a melhor jogadora do mundo na temporada 2018/2019, a craque norte-americana tem brilhado também fora dos gramados. Ativista, sobretudo contra o racismo e contra a homofobia, ela já protestou em inúmeras ocasiões, a ponto de ser considerada desafeto do presidente dos EUA, Donald Trump. Rapinoe, inclusive, já criticou nomes como Cristiano Ronaldo e Messi sobre a falta de engajamento deles contra as questões de racismo. Michael Regan - FIFA/FIFA via Getty Images
Richarlison - seleção brasileira
Ricarlison não foge aos temas polêmicos - O jogador brasileiro, constantemente convocado por Tite para a Seleção Brasileira, usa sua rede social ativamente, inclusive para se posicionar sobre temas polêmicos. Além de cobrar Justiça por Mariana Ferrer, ele já protestou contra a prisão de Robson de Oliveira, que está preso na Rússia há mais de um ano por ter entrado no país com medicamento proibido. Robson trabalhava como motorista para o volante Fernando, que atuava no Spartak Moscou, e teria pedido para que ele levasse os comprimidos para o sogro. Richarlison também já "retirou apoio" ao ex-BBB Felipe Prior após virem à tona denúncias de violência contra mulheres atribuídas ao participante do reality. Além disso, também foi voz ativa ao cobrar Justiça pelas mortes de negros por policiais brancos nos Estados Unidos. Andre Borges/Especial para o Metrópoles
Carol Solberg
Carol Solberg vai a julgamento após gritar "Fora, Bolsonaro" - A jogadora de vôlei de praia desabafou após conquistar a medalha de bronze durante uma etapa do Circuito Brasileiro. Ao dar entrevista, soltou um grito de "Fora, Bolsonaro" e teve que se explicar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ela foi advertida por “deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição”. Carol, no entanto, não ficou satisfeita com o desfecho do julgamento e recorreu da decisão para provar que tem direito a se manifestar. Reprodução/Instagram Carol Solberg
Naomi Osaka
Naomi Osaka é campeã em quadra e fora - A japonesa foi a exceção no US Open em relação às manifestações de apoio a protestos antirracistas, em meio aos recentes casos de violência contra negros no país. Osaka estampou o nomes dos negros mortos em suas máscaras em cada partida da competição. Ao ser campeã, ainda reforçou o discurso de que é preciso ser antirracista. Matthew Stockman/Getty Images
