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Seleção: Fabinho diz que não há pacto para evitar falas sobre política

Volante do Liverpool afirmou que jogadores não combinaram acordo para evitar posicionamentos políticos, como o de Neymar a Bolsonaro

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Jogadores de Liverpool e Napoli em jogo de futebol na Champions League - Metrópoles
1 de 1 Jogadores de Liverpool e Napoli em jogo de futebol na Champions League - Metrópoles - Foto: Getty Images

O volante Fabinho, do Liverpool, revelou que os atletas da Seleção Brasileira não fizeram acordo para evitar se posicionar sobre política durante as eleições presidenciais, às vésperas da Copa do Mundo do Catar.

“Não ouvi nada de ninguém sobre falar ou não falar. Acho que cada um se posiciona da maneira que quer. Não houve pacto, nem reunião, nem nada”, contou o jogador ao canal TNT Sports.

Em entrevista recente ao Estadão, o técnico Tite indicou não haver vetos a manifestações políticas de seus convocados. O treinador brasileiro esclareceu, porém, que eventuais apoios deveriam acontecer de maneira privada, sem interferir no desempenho e dedicação à Seleção. Neymar fez o vídeo de apoio a Bolsonaro dias depois de ter deixado a comitiva da seleção brasileira.

“Eu dei uma resposta em 2017 e ela continua a mesma. Quando o presidente era o (Michel) Temer, disse que não iria nem na ida nem na volta, se perdesse ou ganhasse. Às vezes, com o tempo, a gente modifica, reformata algumas posições, mas essa resposta continua a mesma”.

Vários jogadores da Seleção Brasileira já se posicionaram no passado a favor do presidente Jair Bolsonaro, como o goleiro Alisson e o zagueiro Thiago Silva, mas o clima antes da eleição foi de poucas manifestações. A situação mudou na véspera do primeiro turno quando Neymar declarou apoio à reeleição de Bolsonaro em vídeo publicado nas suas redes sociais.

O atacante da Seleção Brasileira e do Paris Saint-Germain citou “democracia” e ironizou quem reprovou o seu posicionamento. “Falam em democracia e um montão de coisa, mas quando alguém tem uma opinião diferente é atacado pelas próprias pessoas que falam em democracia. Vai entender”, publicou o jogador.

Ele também participou por vídeo de uma live com Bolsonaro e declarou que apoiava a sua tentativa de reeleição. “Nunca falei isso em lugar nenhum, mas queria agradecer ao presidente, que, no momento mais difícil da minha vida, foi o primeiro a se posicionar publicamente dizendo que estaria do meu lado.” No segundo turno, a campanha do presidente usou a imagem de Neymar na propaganda eleitoral na TV.

A comemoração da vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último domingo, contou com uma provocação a Neymar. O coro de “Ei, Neymar, vai ter que declarar” foi entoado por algumas das pessoas que foram à Avenida Paulista na noite deste domingo celebrar o triunfo do petista nas urnas. O grito faz referência às dívidas do craque da seleção brasileira e do PSG com a Receita Federal.

Em abril de 2019, o pai do jogador, o empresário Neymar da Silva Santos, foi recebido por Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para “prestar esclarecimentos” sobre um processo contra o jogador no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O encontro ocorreu seis dias após o atleta entrar com um recurso no conselho pedindo a anulação de um processo que lhe cobrava multa no valor de R$ 8 milhões.

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