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Saiba o que é o Fair Play Financeiro, rival de Messi no Barcelona

Programa impediu renovação de Messi e já suspendeu o Manchester City da Champions League

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Hohlfeld/ullstein bild via Getty Images
Bola de futebol e dinheiro
1 de 1 Bola de futebol e dinheiro - Foto: Hohlfeld/ullstein bild via Getty Images

No dia 5 de agosto de 2021, Barcelona e Lionel Messi anunciaram um rompimento após 21 anos juntos. Depois de tanto flertar com um acordo, o clube afirmou que não poderia fechar o contrato do argentino por conta do Fair Play Financeiro. Mas, afinal, o que é esse vilão das contas bancárias, que tanto preocupa os clubes?

O programa surgiu na UEFA em 2010 com o intuito de proteger as finanças dos clubes e evitar com que os mesmos entrassem em dívidas sem fim. Para não serem punidas, as agremiações precisam equilibrar as despesas com os lucros. Contratações de jogadores e salários precisam estar de acordo com as respectivas receitas.

Um clube como o Barcelona, por exemplo, que recebe muito dinheiro relacionado às cotas televisivas, ingressos e ações de departamentos comerciais, tem um poder de comprar muito maior do que um clube de meio de tabela na Espanha.

O problema dos Culés

Mesmo que o futebol europeu tenha a batuta do Fair Play da UEFA, a Espanha conta com o seu próprio sistema. Enquanto o primeiro analisa as finanças ao final da temporada, a segunda toma ação no início e age de acordo com os últimos 12 meses.

Não há uma exceção ou uma possibilidade de ultrapassar esses valores. Essas regras, simplesmente, não podem ser quebradas e os clubes não podem registrar contratos caso ultrapassem o limite.

A pandemia e alguns problemas estruturais fizeram com que o Barcelona, mesmo com um “desconto” de 50% no salário do argentino, não tivesse margem para pagar pelo futebol de Lionel Messi e, com isso, violar a norma. Neste ano, segundo o jornal The Guardian, o valor que os Blaugranas podia investir era algo em torno de 200 milhões de euros, ou R$ 1,2 bilhão.

O trunfo do Paris Saint Germain

Como já explicado anteriormente, o PSG entra na regra da própria UEFA e tem as finanças analisadas apenas ao final da temporada. Dessa maneira, o clube francês não tem qualquer impedimento, mesmo que a balança de ganhos e despesas esteja indicando déficit.

Assim, os parisienses ainda têm a possibilidade de igualar os valores nas duas janelas de transferências do ano, tanto a do início das disputas, em julho/agosto, quanto a da intertemporada, em janeiro.

O clube francês, inclusive, prevê a venda de jogadores para que se encaixe, em 2022, no Fair Play Financeiro da UEFA.

Mancheste City suspenso da Champions

Clubes com investidores bilionários, como é o caso do PSG e do Manchester City, também não podem incluir o dinheiro de seus acionistas. Se é utilizado para bem do clube, os gastos também serão contabilizados.

Em 2020, a UEFA chegou a suspender o clube inglês por conta do Fair Play Financeiro e o multou em 30 milhões de euros, ou R$ 140 milhões à época.

Porém, alguns meses depois, a Corte Arbitral do Esporte (CAS, sigla em inglês) anulou a punição por achar que as alegações não condiziam com a realidade e diminuiu em três vezes a multa, apenas por entender que o clube não colaborou com as investigações.

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