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PSG prepara “revolução” interna após manter Mbappé; entenda mudanças

A imprensa francesa aponta que a manutenção do astro será seguida por grandes mudanças nos bastidores

atualizado

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Simon Stacpoole/Offside/Offside via Getty Images
Messi, Mbappé e Neymar
1 de 1 Messi, Mbappé e Neymar - Foto: Simon Stacpoole/Offside/Offside via Getty Images

O Paris Saint-Germain venceu o Real Madrid na queda de braço para contar com Kylian Mbappé, mas o trabalho continua. A imprensa francesa aponta que a manutenção do astro será seguida por grandes mudanças nos bastidores. O diretor de futebol Leonardo vai deixar o clube, segundo o jornal L’Equipe. O dirigente brasileiro foi, junto ao presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, alvo da ira da torcida nas últimas temporadas, apesar dos títulos nacionais.

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Leonardo teve uma passagem como diretor do PSG entre 2011 e 2013 e depois retornou ao clube parisiense em 2019. A situação do brasileiro foi parte das discussões envolvendo a renovação do contrato de Mbappé até 2025. O português Luis Campos, de 57 anos, é cotado para substituí-lo.

Campos foi responsável por contratações importantes no Monaco, entre 2013 e 2016, e tem boa relação com Mbappé. O perfil de reforços do dirigente português é de nomes fora dos principais holofotes nas janelas de transferência, justamente o oposto do que o clube fez nos últimos dez anos.

Com suas descobertas, o clube de Mônaco foi campeão francês em 2017 após sua saída para o Lille, que levantou o caneco nacional na temporada seguinte. Campos foi responsável pela contratação dos atacantes turco Burak Yilmaz e do canadense Jonathan David e a dupla marcou 29 gols na campanha do título francês.

O meia argentino Angel Di María se despediu do PSG na última rodada do Francês e o clube deve ter mais mudanças no elenco. A atuação no mercado de transferências será tocada pelo próximo diretor de futebol.

Pocchetino pode dar adeus ao PSG

Outros setores do clube também devem passar por grandes reformulações, o que pode ser considerado uma “revolução” interna, de acordo com o The New York Times. O técnico argentino Mauricio Pochettino pode ser outro a deixar Paris. Ele compõe a longa lista de treinadores do clube que conquistaram taças na França, mas fracassaram em ser campeões europeus com o clube.

O treinador francês Christophe Galtier, campeão com o Lille na temporada passada, e atualmente no Nice, é um dos nomes na lista para assumir o comando do time. Zinedine Zidane é outro técnico cogitado, mas aguarda a definição sobre o comando da seleção francesa após a Copa do Mundo. Zidane sonha em substituir Didier Deschamps, mas ainda não há definição sobre o futuro do treinador após o Mundial.

Mbappé participou de 74 gols em 52 jogos na temporada

Aos 23 anos, Mbappé já colecionou 14 troféus, sendo o principal a Copa do Mundo de 2018. O único troféu importante que falta ao currículo da estrela é justamente a Liga dos Campeões, grande objeto de desejo do PSG. Ao lado de Karim Benzema, com quem poderia atuar junto no Real Madrid, é uma das forças da favorita França para a Copa do Mundo do Catar, em novembro e dezembro.

A temporada do craque francês foi excelente, apesar do trio composto com Neymar e Lionel Messi não embalar na principal competição europeia. Mbappé fez 48 gols e deu 26 assistências nas 52 vezes em que entrou em campo. Ele liderou o PSG em gols, assistências, dribles e finalizações no Campeonato Francês, segundo números do Footstats.

PSG e Catar

O Paris Saint-Germain se transformou em 2011 quando foi comprado pela Qatar Sports Investments (QSI), fundo de investimentos do emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani. A aquisição foi definida por especialistas como um exemplo de sportswashing, ou seja, o uso estratégico e político do esporte para melhorar sua reputação no mundo, escondendo ações negativas de governos.

Com um orçamento turbinado por um Estado, o PSG virou da noite para o dia uma máquina, pelo menos, de movimentar dinheiro no mercado do futebol. Hoje, o clube está avaliado em US$ 2,5 bilhões segundo a revista Forbes, ocupando a nona posição no ranking. Com uma injeção de 1,3 bilhão de euros (ou R$ 7,3 bilhões, valores não corrigidos) em reforços desde 2011, o PSG assumiu o protagonismo no futebol francês enquanto busca entrar de vez no grupo dos principais times da Europa.

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