metropoles.com

Mistura de nacionalidades é a marca da seleção da Bélgica na Copa

A Bélgica é uma mistura de nacionalidades, quase um time de imigrantes, que revive a imagem multicultural e multiétnica da França de 1998

atualizado

Compartilhar notícia

Dan Mullan/Getty Images
England v Belgium: Group G – 2018 FIFA World Cup Russia
1 de 1 England v Belgium: Group G – 2018 FIFA World Cup Russia - Foto: Dan Mullan/Getty Images

O artilheiro Romelu Lukaku, seu reserva Batshuayi e o zagueiro Kompany têm ascendência congolesa. O meia Adnam Januzaj é do Kosovo. Fellaini e Chadli são de origem marroquina. O pai de Dembélé é do Mali. O atacante Eden Hazard, capitão da equipe, nasceu no sul da Bélgica, mas parte de sua família paterna é marroquina. A Bélgica é uma mistura de nacionalidades, quase um time de imigrantes, que revive a imagem multicultural e multiétnica da França de 1998, exatamente o seu rival na semifinal da Copa do Mundo, nesta terça-feira (10/7), em São Petersburgo. Dos 23 convocados do time que tirou o Brasil da competição na Rússia, 11 têm origem imigrante.

As histórias de cada um toca, em algum momento, na discriminação e na superação. Em um depoimento que já se tornou emblemático, Romelu Lukaku repetia que era considerado belga apenas quando fazia gols. Quando os perdia, era de origem congolesa. Foi o ex-jogador francês Thierry Henry, hoje auxiliar técnico da equipe, que viveu situações parecidas, quem o ensinou a ignorar as críticas preconceituosas. Além disso, sempre conviveu com a desconfiança em relação à sua idade e à sua documentação nas categorias de base.

Michy Batshuayi, reserva de Romelu Lukaku, também é filho de pais congoleses. Recentemente, passou a conviver com uma referência incômoda: foi criado no bairro de imigrantes Molenbeek, em Bruxelas, o mesmo que ganhou fama internacional por ser a origem do grupo que orquestrou os ataques a Paris em 2015, causando 137 mortes.

O meia Adnan Januzaj nasceu na Bélgica, mas seus pais são do Kosovo, território que luta por ter a sua independência da Sérvia reconhecida. Após marcar um gol contra a Inglaterra, ele preferiu não tocar em política. Xhaqa e Shaqiri, que defendem a Suíça, mas também têm raízes kosovares, lembram a disputa política na comemoração de seus gols (e foram multados por isso).

Filho de pais marroquinos, o meia Nacer Chadli chegou a jogar pelo Marrocos. Em 2010, participou de uma partida contra a Irlanda do Norte. Mas como foi um jogo amistoso, não teve problemas para defender a Bélgica a partir de fevereiro de 2011. “Não queria me arrepender. Eu queria estar 100% certo de que queria jogar pela Bélgica. Ainda amo Marrocos, mas pensei melhor e decidi mudar”, disse ele, que atua no West Bromwich, da Inglaterra.

Independentemente da origem, os jogadores da Bélgica afirmam que a vitória sobre o Brasil representou uma injeção de confiança. “Se você consegue vencer o Brasil, não deve ter medo de ninguém. Respeitamos a todos, mas se nós jogarmos com medo, não seremos capazes de vencer a França”, disse Nacer Chadli, em entrevista coletiva neste domingo.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEsportes

Você quer ficar por dentro das notícias de esportes e receber notificações em tempo real?