Marrocos envia carta à Fifa para reclamar de erros de arbitragem
Presidente da federação marroquina informou que “acúmulo de erros contribuiu notavelmente para a eliminação na fase de grupos do torneio”
atualizado
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A Federação Marroquina de Futebol enviou, nesta quarta-feira (27/6), carta à Fifa na qual reclama da arbitragem nos jogos contra Portugal e Espanha, pela Copa do Mundo da Rússia. O presidente da entidade, Fouzi Lekjaa, informou que o “acúmulo de erros contribuiu notavelmente para a eliminação na fase de grupos do torneio”.
Na derrota para Portugal por 1 x 0, o documento detalhou três eventuais erros do árbitro americano Mark Geiger – foto em destaque. Os marroquinos entendem que dois pênaltis não foram assinalados em seu favor. Um deles, aos 30 minutos do primeiro tempo, quando Boutaid foi derrubado na área.
O outro, aos 35 da etapa final, em toque de mão do zagueiro Pepe dentro da área. A federação também questionou o pênalti dado em cima de Cristiano Ronaldo – que o craque português errou.Em relação ao empate por 2 x 2 com a Espanha, a entidade cita o gol de Aspas, que garantiu a igualdade para os espanhóis nos acréscimos. Segundo ele, o juiz uzbeque Ravshan Irmatov só validou após a consulta ao árbitro de vídeo (VAR). No entanto, não viu que o escanteio que originou o gol deveria ter sido cobrado do lado direito, e não do esquerdo.
Ainda houve questionamento de outros quatro lances. Ele não teria dado dois cartões amarelos para os espanhóis após toque de mão na bola. Um para Piqué e outro, para um atleta não especificado – ele teria cometido a infração aos 2 minutos do segundo tempo. Apesar disso, o árbitro puniu com cartão amarelo o marroquino Ahmadi pelo mesmo motivo. Por fim, a federação disse que não foi assinalado pênalti cometido por Carvajal em Boutaib.
“O recurso do VAR por parte dos árbitros só serviu para preservar os interesses de nossos adversários. A Fifa deveria garantir a igualdade de oportunidade de todas as equipes”, concluiu a carta enviada por Lekjaa.
A Federação Marroquina e a Fifa tem se estranhado há meses por conta da candidatura à sede da Copa do Mundo de 2026. Os africanos reclamaram que a entidade máxima do futebol deu preferência à candidatura tripla de Estados Unidos, Canadá e México, vencedores da eleição.