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Fraude em jogos: suspeito queria “um milhãozinho” no fim de semana

Em mensagens encaminhadas por Bruno Lopez em grupo de WhatsApp, suposto chefe do esquema fala em ganhar até R$ 1,5 milhão com cada fraude

atualizado

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Reprodução/Ministério Público
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1 de 1 mensagem-milhao-final-de-semana-grupo - Foto: Reprodução/Ministério Público

Áudios indicam que os acusados de envolvimento no esquema de manipulação de resultados de jogos planejavam ganhar R$ 1,5 milhão em em um único fim de semana.

O áudio foi encaminhado por Bruno Lopez, suposto chefe do esquema, em grupo de WhatsApp.

“Se a gente trabalhar com dois dá pra fazer pelo menos um milhãozinho, um milhãozinho e meio. Paga cem mil pros cara, nóis conta um milhão. Um milhão no final de semana”.

De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), que investiga o caso, assim como a Polícia Federal, os grupos do WhatsApp eram usados para planejar as estratégias utilizadas sem chamar atenção das casas de apostas para fraudes.

Em uma outra conversa, Bruno Lopez comenta com Thiago Chambó, também denunciado, sobre a possibilidade de obter R$ 2 milhões em um esquema com seis jogadores. “Era operação com seis jogadores, pra bater dois milhão”, disse o suposto chefe do esquema de manipulações.

Imagens encontradas na galeria do celular de Romário Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, também denunciado, mostram diversas fotos com montantes de dinheiro (veja imagem em destaque).

Para aumentar a quantia de dinheiro faturado, uma das estratégias adotadas pelo grupo era a de gerir as apostas com ferramentas de inteligência artificial, garantindo várias jogos simultâneos com o mesmo conjunto de lances, reduzindo o risco de identificação da fraude. O uso de robôs fazia com que os denunciados conseguissem entrar em até 35 contas ao mesmo tempo.

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Atuação em núcleos

Segundo o MP, o grupo criminoso cooptava jogadores com ofertas que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que cometessem lances específicos nos jogos – como um número determinado de faltas, levar cartão amarelo, garantir um número específico de escanteios para um dos lados e até atuar para a derrota do próprio time. Diante dos resultados previamente combinados, os apostadores obtinham lucros altos em diversos sites de apostas.

De acordo o Ministério Público, o esquema de manipulação era divididoo em quatro grupos:

Apostadores: eram responsáveis por contatar e aliciar jogadores para participação no esquema e também faziam pagamentos aos jogadores.

Financiadores: eram os responsáveis por assegurar a existência de verbas para o pagamento dos jogadores e também nas apostas.

Intermediadores: eram responsáveis por indicar contatos e facilitar a aproximação entre apostadores e atletas passivéis a promover a manipulação.

Administrativo: eram responsáveis por fazer as transferências financeiras a integrantes da organização criminosa e também em benefício de jogadores aliciados.

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