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Em noite de estrelas no Mané, Messi brilha mais que Suárez e Cavani

Camisa 10 da Argentina teve participação essencial na vitória da albiceleste contra o Uruguai

atualizado

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Pedro Vilela/Getty Images
Lionel Messi Argentina
1 de 1 Lionel Messi Argentina - Foto: Pedro Vilela/Getty Images

A pandemia de coronavírus impediu o público de acompanhar um verdadeiro desfile de estrelas, que estiveram no Mané Garrincha na noite desta sexta-feira (18/6). No duelo entre Messi e Suárez e Cavani, o camisa 10 da Argentina se deu melhor, tendo uma participação essencial na vitória da albiceleste sobre o Uruguai, pela primeira fase da Copa América.

Aos 33 anos, Messi pode não estar mais ON durante toda a partida como acontecia em sua juventude. No entanto, a versão mais experiente de La Pulga é igualmente letal e talvez, até mais eficiente. Andando em campo, o camisa 10 observa, observa e observa até que…a bola chega. E aí, o talento, inteligência e instintos falam mais alto.

Seja com a tradicional arrancada curta para puxar a bola para o meio, chutando forte, obrigando o goleiro Muslera a fazer uma difícil defesa; ou em cruzamento certeiro na cabeça de Rodríguez, que abriu o placar para a Argentina aos 12 do 1º tempo; ou em um longo contra-ataque em que, sozinho, carregou a bola até a intermediária adversária, esperando algum companheiro, até a hora certa de dar o passe para Molina, que chutou de forma perigosa…o ponto é: quando a versão artilheira de Messi não está em campo, a versão cerebral, igualmente competente, dá conta do recado, sobrando.

Isso não significa que Messi tenha feito tudo sozinho. No primeiro tempo, uma bem montada e voluntariosa defesa da Argentina impediu que o poderoso ataque uruguaio oferecesse qualquer perigo para Emiliano Martínez. Apesar de ter dominado a posse de bola, Luis Suárez e Edinson Cavani pouco a viram, apesar da intensa movimentação.

E se sobrou vontade, também não faltou frustração. Em um lance em que Cavani é derrubado na área — e o árbitro Wilton Pereira Sampaio poderia ter marcado pênalti sem qualquer prejuízo — aos 27 minutos, Suárez passou o restante da primeira etapa reclamando, até o apito final e um pouco além, já que após o encerramento, o camisa 9 ainda tinha palavras a oferecer pela (ausência da) marcação.

2º tempo

Com o jogo truncado na etapa complementar, Lionel Scaloni convidou Ángel di Maria para a festa. Com pernas mais descansadas, o camisa 11 ajudou a Argentina a recuperar o ímpeto do 1º tempo e voltar a levar perigo para o gol de Muslera. Até Messi sentiu o efeito da substituição, reencontrando novo ânimo e trocando passes perigosos com Di Maria e Correa na intermediária, além de usar muito bem seus 1,67 para proteger a bola de chegadas mais duras.

A recém-levada dupla argentina continuou superando as estrelas uruguaias até o fim da partida, onde a velha catimba argentina deu o ar da graça para administrar o tempo que faltava até o apito final. Suárez ainda tentou se consagrar em um voleio, mas isolou. No fim, novamente sua frustração com o resultado e o próprio desempenho vieram à tona, quando o camisa 9 fez falta dura e se desentendeu com Otamendi.

No saldo final, 1 para a Argentina, Messi e Di Maria e zero para Uruguai, Cavani e Suárez.

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