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De Messi a Ganso, craques recusaram substituição e criaram tumulto nos clubes

O astro argentino não gostou de sair, mas muitos outros nem se dirigiram para consumar a alteração e teve até jogador que não quis entrar

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Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
Lionel Messi e Paredes
1 de 1 Lionel Messi e Paredes - Foto: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images

No último final de semana, os fãs do futebol foram brindados com grandes craques em campo e jogos que levantaram as torcidas e trouxeram emoção. Porém, nenhum momento ficou tão marcado como a ira de Lionel Messi ao ser substituído no PSG.

Aos 31 minutos do segundo tempo, quando o clube do argentino e o Lyon empatavam em 1 x 1, Mauricio Pochettino alterou o astro para colocar o lateral Hakimi. Indignado, o camisa 30 não cumprimentou o seu comandante e ficou com cara de poucos amigos no banco de reservas.

Essa, entretanto, não foi a primeira vez que Messi se irritou em uma situação assim. Em 2014, quando atuava pelo Barcelona, em um jogo contra o Eibar, Luis Enrique, então técnico do Barça, gritou para o recordista em bolas de ouro, mostrando que ele sairia para a entrada de Munir.

Porém, o ex-camisa 10 dos Blaugranas virou as costas e se recusou a sair. O comandante, então, não teve outra opção a não ser escolher outro atleta. Ele, então, elegeu Neymar, que prontamente foi ao encontro de seu substituto.

Grande rival de Messi nos últimos anos, Cristiano Ronaldo também passou pela mesma situação. Em 2017, em um jogo do Real Madrid contra o Bayern de Munique, pela Champions League, o Robozão decidiu o jogo, com um hat-trick, sendo os dois últimos gols anotados na prorrogação.

Zidane, então, decidiu tirar o seu maior craque. Entretanto, CR7 não queria deixar o campo mais cedo e se recusou a sair, ficando até o apito final.

Kepa Arrizabalaga, é goleiro do Chelsea desde 2018, quando se tornou o goleiro mais caro de todos os tempos. O caso dele foi durante a final da Copa da Liga Inglesa do ano seguinte. Titular naquele jogo, o espanhol sentiu cãibras durante o segundo tempo da prorrogação e Maurizio Sarri decidiu tirar o atleta.

Porém, embalado após uma linda defesa em uma finalização de Agüero, que ocasionou o problema de Kepa, o arqueiro recusou a substituição por Caballero, que já estava pronto para entrar, e permaneceu embaixo da meta.

O jogo foi para os pênaltis e quase que a ousadia do espanhol deu certo. Ele até pegou uma das cobranças dos Citizens, mas o Chelsea não correspondeu e os rivais ficaram com o título após vencerem por 4×3.

Francesco Totti é o símbolo máximo da Roma. Jogador do clube italiano durante toda a sua carreira, o atacante também passou por um momento de muita irritação.

Em 2010, o boleiro foi embora mais cedo do estádio, sem os seus companheiros, quando foi substituído pela 3ª vez em quatro jogos. Indignado com Claudio Ranieri, ele partiu logo após saber que não participaria do exame antidoping.

O caso mais clássico desta lista é o de Paulo Henrique Ganso, no auge de seus 20 anos e atuando pelo Santos. Em 2010, o meia era um dos melhores jogadores do futebol brasileiro ao lado de Neymar.

Na decisão do Paulistão daquele ano, entre o Peixe e o Santo André, o jovem era o maestro daquela equipe. Jogava tanto, que instigava debates sobre quem era melhor, ele ou o craque do PSG.

A primeira partida da final terminou com vitória santista por 3×2. Já no segundo, o time do ABC paulista ficou muito perto de consumar a zebra, mas não conseguiu o gol que daria o título do estadual.

Um dos responsáveis por isso, indiscutivelmente, foi PH Ganso. Mas, para isso, ele precisou recusar uma substituição. Mesmo exausto, ele chamou a responsa e se não deu o seu lugar ao zagueiro Bruno Aguiar.

“Comendo a bola”, ele peitou a decisão de Dorival Jr. e continuou em campo. O técnico, então, tirou o atacante André. Após o jogo, tanto o camisa 17, quanto o treinador, falaram sobre o acontecido.

“Como os principais jogadores da nossa equipe, Robinho e Neymar, já tinham saído, eu tinha que chamar essa responsabilidade”, disse Ganso

Dorival Jr. surpreendeu em sua entrevista. Ao invés de criticar seu jogador, ele apoiou a sua decisão e ainda o elogiou. “Ele encostou no banco dizendo que estava esgotado. Eu pensei em tirá-lo, logicamente, porque faltavam poucos minutos e, no momento da substituição, ele disse que não, que não queria sair. Realmente era o único jogador que estava prendendo a bola e eu ia perder nosso principal ponto de apoio”, reconheceu.

Mesmo que seja muito estranho e raro, vale mencionar que alguns jogadores também já se recusaram a entrar no gramado. E aconteceu com um ídolo do Flamengo e que deixou saudades.

Pouco tempo depois de ser campeão brasileiro pelo Rubro-Negro, Adriano Imperador foi contratado pela Roma, da Itália. Em 2010, em um clássico frente a Inter de Milão, o futebolista estava assistindo ao jogo do banco de reservas. Já nos minutos finais, Maurizio Sarri o chamou para o jogo.

Mas a reação do brasileiro não agradou ao técnico, que desistiu da substituição. Após o embate, ele falou sobre o momento. “Quando lhe disse para ir a campo, ele fez uma cara que eu não gostei. Disse que não estava pronto, o Júlio Baptista disse que sim e entrou”, disse.

O caso mais emblemático de toda essa lista aconteceu em 2018, durante a Copa do Mundo da Rússia. Na primeira rodada, a Croácia vencia a Nigéria por 2×0 pelo grupo D.

O técnico dos europeus, Zlatko Dalic escolheu o Nikola Kalinic para entrar no jogo aos 40 minutos do segundo tempo. Irritado, o atacante se recusou a levantar do banco de reservas, o que irritou o comandante.

O resultado foi o corte imediato e Kalinic não participou da campanha do vice-campeonato mundial.

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