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Com ideia de criação da Liga das Américas, futebol pode ter o seu ‘Super Bowl’

Entre 12 e 15 times brasileiros serão convidados a participar

atualizado

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1 de 1 futebol02 - Foto: Divulgação

Mata-mata com 64 clubes, times de até 45 países, final em jogo único nos moldes do “Super Bowl” e prêmio de R$ 18 milhões apenas pela participação. Os atrativos para disputar a nova Liga dos Campeões das Américas estão na ponta da língua dos organizadores e o objetivo é ter a primeira edição em 2017, com representantes das três partes do continente.

Entre 12 e 15 times brasileiros serão convidados a participar. Corinthians, Flamengo e São Paulo já receberam o contato dos organizadores. Até o próximo mês começa a divulgação da Liga, com o lançamento do site oficial. Quem cuida do projeto é a empresa MP & Silva, que atua na distribuição de direitos de transmissão de eventos esportivos para 200 países. A companhia tem 18 escritórios pelo mundo e concentra nos Estados Unidos o planejamento.

A empresa pretende reunir os principais clubes das Américas em um torneio de até nove meses de duração, com início em fevereiro e jogos em dias de semana. O formato é de confrontos eliminatórios de ida e volta. Somente a decisão seria em jogo único, em local predefinido antes da competição e de preferência uma metrópole.

Para ser campeão, um time jogaria 11 partidas e, pela conquista, iria receber aproximadamente R$ 113 milhões em premiação acumulada ao longo do torneio. O montante faz o novo campeonato ser mais atrativo do que outras competições continentais, embora o intuito não seja de criar concorrência. “Não temos o objetivo substituir a Libertadores ou qualquer outro tipo de torneio”, disse o diretor-geral da MP & Silva, Daniel Cohen.

O dinheiro para bancar o torneio viria da venda de direitos de transmissão para diversos países e do desejo de patrocínio de grandes empresas. “Deve ser o maior torneio de futebol já criado para o hemisfério ocidental, então há muito interesse”.

Segundo o dirigente, 25 times de países como Estados Unidos, México, Uruguai, Brasil e Argentina já demonstraram interesse em participar. Esses países formam o bloco estratégico mais importante para atrair novos participantes. Em algumas reuniões, federações nacionais também apoiaram. A CBF ainda não foi contactada de forma oficial, diz o executivo.

A escolha dos participantes viria pela classificação nos campeonatos nacionais. Países mais tradicionais teriam direito a mais vagas, enquanto que nações de menor expressão disputariam uma pré-classificação antes de chegar à fase final.

O estágio atual da preparação é buscar apoio em clubes e confederações, inclusive Conmebol e Concacaf. “Vamos trazer um conceito novo. Menos jogos, mas todos são importantes e vão ter uma audiência mundial”, explicou o presidente da empresa, Riccardo Silva.

Os organizadores têm consolidado um conselho consultivo para fortalecer a competição. Assim como representantes dos países, antigos dirigentes de ligas americanas vão fazer parte e contribuir com a organização, principalmente para dar ao torneio uma ênfase mais comercial. “O projeto vai proporcionar a chance de os clubes das Américas de competirem no mesmo nível de uma Liga dos Campeões”, prometeu Paul Tagliabue, ex-mandatário e responsável pela expansão da NFL, principal liga de futebol americano.

OUTRO LADO – A ideia de fazer uma Liga das Américas pode até ser boa. Mas esbarra na falta de datas e já começou errada, na opinião de dirigentes. O entendimento é de que a empresa que pretende organizar o torneio deveria ter procurado primeiro a Conmebol e a Concacaf, não os clubes. Isso porque são as duas entidades que organizam competições internacionais em seus continentes – caso da Libertadores – e teriam de dar sinal verde para uma nova disputa.

O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, disse que há cerca de dois meses um representante da Liga fez contato por telefone com a entidade. “Recomendamos que ele falasse com a Conmebol. É preciso ter um sentido de organização”, considerou. Ele defende que nada pode ser feito sem passar pelas entidades.

O superintendente de futebol do Corinthians, Andrés Sanchez, é ainda mais direto: “Isso é sonho de verão. Não tem de procurar os clubes, tem de procurar a Conmebol. Os clubes vão brigar com a CBF, com a Conmebol, com a Fifa para fazer um torneio desses? Não tem data nem para fazer amistosos, vai ter para fazer mais um campeonato?”, criticou.

Ele diz que no papel tudo é bonito, mas que as coisas precisam ser feitas de comum acordo. O Corinthians já foi procurado pelos empresários que querem fazer a Liga. A Conmebol não fala oficialmente sobre o tema. Mas integrantes da entidade dizem que ninguém ligado à Liga fez contato e que o plano é fortalecer a Libertadores, aumentando inclusive a premiação.

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