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COB admite surpresa com vacinação do COI e seguirá plano nacional

Para o presidente do COI, o acordo vai ajudar a realizar uma edição dos Jogos mais segura, em meio a rumores de cancelamento da Olimpíada

atualizado

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Carl Court/Getty Images
Olímpiadas Tóquio 2021
1 de 1 Olímpiadas Tóquio 2021 - Foto: Carl Court/Getty Images

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) admitiu surpresa com o anúncio do Comitê Olímpico Internacional (COI) de que fez acordo com a China para produzir vacinas que serão aplicadas em atletas e equipes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio. O acordo foi revelado nesta quinta-feira (11/3).

Em nota, a entidade nacional disse que ainda não foi comunicada sobre a decisão do COI. “O Comitê Olímpico do Brasil ainda não recebeu comunicado oficial sobre esta oferta e vai buscar mais informações através do Comitê Olímpico Internacional antes de qualquer manifestação sobre o tema, que será embasada a partir de uma análise das áreas médica e científica do COB.”

O comitê nacional reiterou que pretende seguir as orientações do governo federal sobre a vacinação no país. O plano nacional não inclui atletas na lista de prioridades. “O COB reforça sua intenção de respeitar o plano nacional de vacinação.”

No mês passado, a senadora Leila Barros, medalhista olímpica pela seleção brasileira de vôlei, chegou a propor emenda a um projeto de lei para vacinar atletas, comissões técnicas e delegações do Brasil contra a covid-19 antes das disputas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas não teve sucesso.

Nesta quinta, o presidente do COI, Thomas Bach, surpreendeu o mundo esportivo ao afirmar que a China vai produzir vacinas que serão aplicadas nos atletas que vão disputar a Olimpíada, no fim de julho. Ele não revelou detalhes sobre custos e valores.

Porém, prometeu liberar doses para o público em geral dos países que vão fazer parte do programa de vacinação do COI. “O COI vai pagar por duas doses extras, que poderão ser disponibilizadas para a população de cada país, de acordo com suas necessidades”, declarou o presidente. A distribuição será feita por meio de agências internacionais ou acordos de vacinação dos países com a China.

Para o presidente do COI, o acordo vai ajudar a realizar uma edição dos Jogos mais segura, em meio a rumores de cancelamento da Olimpíada – nas últimas semanas dirigentes do COI e do Comitê Organizador japonês vieram a público diversas vezes para garantir a realização do grande evento.

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