Gloria Pires se destaca e domina Éramos Seis com grande atuação

Uma das maiores estrelas da teledramaturgia no Brasil, Gloria Pires é sinônimo de talento, dedicação e brilho. Afinal, não é possível dizer menos daquela que deu vida a Ana Terra, em O Tempo e o Vento (1985), à inesquecível vilã Maria de Fátima, de Vale Tudo (1988), e às gêmeas Ruth e Raquel, de Mulheres de Areia (1993), para citarmos apenas três – ou quatro, se preferirem – de seus trabalhos mais marcantes. Agora, a atriz empresta toda sua sensibilidade ao remake de Éramos Seis, novela das 18h da TV Globo, na qual vive a protagonista Lola, personagem já interpretada em versões anteriores por duas outras divas: Nicette Bruno, em 1977, e Irene Ravache, em 1994.

A amorosa e dedicada Lola

Na novela, ambientada entre os anos 1920 e 1940, Lola é casada com Júlio (Antonio Calloni) e tem como maior orgulho a casa comprada por meio de um financiamento, na qual vive com o marido e os quatro filhos, Carlos (Xande Valois/Danilo Mesquita), Alfredo (Pedro Sol/Nicolas Prattes), Julinho (Davi de Oliveira/André Luiz Frambach) e Isabel (Maju Lima/Giullia Buscacio). A falta de dinheiro gera uma série de conflitos familiares. “Lola não é uma mãe boazinha, mas amorosa, do tipo que procura compreender e ajudar os filhos. Além disso, é uma esposa dedicada, que honra muito esse casamento. Ela está dentro desse ambiente em que todos são envolvidos pelo amor e pelo prazer de estarem juntos, ainda que driblando as dificuldades da vida”, define Gloria.

Éramos Seis

Lola (Gloria Pires) Globo/Divulgação

Éramos Seis

Isabel (Maju Lima), Carlos (Xande Valois), Julinho (Davi de Oliveira), Júlio (Antonio Calloni), Lola (Gloria Pires) e Alfredo (Pedro Sol) Globo/Divulgação

Éramos Seis

Clotilde (Simone Spoladore), Lola (Gloria Pires) e Olga (Maria Eduarda de Carvalho) Globo/Divulgação

Fantástico

Gloria Pires relembra sua vida em Éramos Seis Globo/Divulgação

Voltar Progredir

0

Uma curiosidade envolvendo a atuação de Gloria Pires em Éramos Seis é que a novela está proporcionando à atriz a possibilidade mergulhar profundamente em suas memórias, em uma época em que seus pais, nascidos nos anos 1920, contavam com precisão como era a vida na primeira metade do século 20. “Eu me lembro do meu pai (o falecido humorista Antonio Carlos Pires) contando as coisas com muitos detalhes. Passeando pela cidade cenográfica, eu fico me lembrando das coisas que ele me dizia. Identifico a chapelaria, as sacadas, a postura das moças, os carros… ”, diverte-se a atriz.

Vida difícil na infância

Ainda sobre o passado, Gloria destaca a importância da casa na história de Lola e Júlio, mantida com grandes sacrifícios pessoais, e revela que, na vida real, sua família passou por situações parecidas. “Nossos personagens lutam para honrar o compromisso de pagar o financiamento e terem a residência no fim da vida. Eu e minha família tivemos uma trajetória difícil também. Muito difícil. Mas a gente costumava ver tudo com positividade. A gente suava a camisa e ia em busca dos objetivos. Eu identifico essa postura na Lola”, conta a atriz.

Glória é nascida em uma família de artistas, que lidava com o preconceito da profissão. “Antigamente, artistas não podiam assinar carteira de trabalho. Ou eram comerciários ou prostitutas”, conta a atriz.

Voltando à novela, a estrela é só elogios para Antonio Calloni, com quem vive um casal pela primeira vez. “Tem sido uma delícia contracenar com ele”, diz a atriz, que também reserva palavras de admiração para o quarteto que tem vivido os filhos de Lola.

“Estou encantada com eles! O Xande eu já conhecia de ‘Babilônia’ (2015), mas o Davi, o Pedro e a Maju não. Todos são excelentes!”, celebra Gloria, colocando os quatro nas alturas e deixando claro que todos podem ter um futuro brilhante. E por falar em “filhos”, a estrela não se furtou de falar sobre seus herdeiros da vida real, que também são quatro: Cleo, Antonia, Ana e Bento. “Eles são motivo de orgulho pra mim!”, afirma. As duas primeiras são atrizes e cantoras. E os outros dois, o que serão? “Eu nunca tive essa expectativa do que meus filhos iriam ser, pois eu acho tão difícil a gente achar o próprio caminho. Mas o que quer que eles escolham ser, profissional ou pessoalmente, terão meu total apoio”, finaliza.