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Conheça Ricardo Ventura, o psicanalista que analisa tretas do BBB

O especialista em linguagem silenciosa compartilha na web análises comportamentais em casos de repercussão no Brasil

atualizado

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Ricardo Ventura
1 de 1 Ricardo Ventura - Foto: Reprodução/Instagram

Ricardo Ventura é psicanalista, cientista comportamental com foco na linguagem silenciosa. O paulista tem 51 anos e é conhecido como o criador e protagonista do canal Não Minta Pra Mim, no YouTube, onde acumula mais de 740 mil inscritos.

De fofoca a casos de assassinatos, Ricardo analisa a linguagem corporal das pessoas em vídeos de grande repercussão, como entrevistas em casos polêmicos ou flagras de conflitos no Big Brother Brasil. As confusões da edição deste ano do reality tem rendido grandes audiências ao canal do psicanalista.

Ao Metrópoles, Ricardo explicou que, para fazer suas análises, se baseia em uma série de protocolos e garante ser capaz de perceber se a pessoa está sendo sincera ou não em determinada situação.

“Tenho como base sete pontos do chamado método Ventura, entre estes estão a vocalização, as expressões, a narrativa e a trajetória ocular (para onde a pessoa fica olhando) da pessoa analisada. Assim consigo notar se ela está com raiva, enojada, com vergonha ou até mascarando uma verdade”, revela.

Ricardo é administrador e foi empresário no ramo varejista por mais de 20 anos, além de ser autor de quatro bestsellers (Crenças O Inconsciente Influenciando Resultados Profissionais; Comunicar, Vender, Negociar com PNL; Como Manipular e Persuadir Milhares de Pessoas; Espero que Você Morra).

Pós-graduado em Psicologia Junguiana, se tornou cientista comportamental com foco na linguagem silenciosa e, hoje, além de trabalhar com os vídeos para o YouTube, se tornou coach e palestrante de cursos sobre linguagem silenciosa e persuasão, baseado na neurolinguagem e na psicologia analítica.

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Análises do BBB

Desde que a atual edição do Big Brother Brasil entrou no ar, diversos vídeos de Ricardo Ventura foram dedicados às polêmicas desenroladas na casa, como as cenas protagonizadas por Lucas Penteado e a fatídica conversa entre Karol Conká e Arcrebiano (Bil).

Em sua avaliação mais recente sobre o reality show, Ricardo fez uma análise completa da discussão entre Rodolffo e João a respeito do comentário do cantor sobre a peruca do Castigo do Monstro e o cabelo do professor de geografia.

“As pessoas, por conta de replicação, alucinaram em relação àquilo que estava de fato sendo dito dentro do programa. A piada de Rodolffo não foi nem para o João, foi para o Caio”, defende Ricardo.

De acordo com relato do analista, o sertanejo teria dito para o amigo goiano, que constantemente reclama da perda de cabelo, que ao colocar a peruca ele estaria com cabelo como o do João.

“Ele disse que o amigo estava precisando de cabelo e o Caio respondeu que agora estava cheio, então Rodolffo afirmou que estava quase igual ao do João. Eles estavam falando de carequice e volume de cabelo”, completa Ventura.

No YouTube, o vídeo com a análise de Ricardo foi publicado há cerca de dois dias e já tem mais de 151 mil visualizações no canal Não Minta Pra Mim.

Análise sem achismo

Ricardo garante que, em suas análises, faz questão de se despir de achismos e procura garantir, com a ajuda de seus alunos, que está sendo isento e seguindo apenas os protocolos de análise pré-estabelecidos.

“Na análise comportamental eu tenho que olhar todos os aspectos. Para fazer isso é preciso me abster de crenças e analogias pessoais. Tenho que fazer a análise sem os filtros de percepção pessoal”, explica.

Entre os mais de 500 alunos de Ricardo espalhados pelo mundo estão psiquiatras, médicos, juízes, analistas e donas de casa, pessoas diferentes mas todos amantes da linguagem silenciosa. Ricardo mantém um grupo seleto com 10 destes educandos e, para se certificar da isenção pessoal, é lá que ele pede uma ajudinha às vezes.

“Não me contamino com o que está acontecendo, e se eu perceber que eu poderia estar me contaminando, eu faço o antagonismo. Se sinto que estou, de alguma forma, com uma percepção distorcida, passo o trecho do vídeo que analisei para um grupo seleto onde tenho 10 alunos e pergunto a opinião deles sem antes expor meu pensamento. Assim vejo se minha análise está alinhada”, esclarece Ventura.

Sem temer comentários negativos, Ricardo diz lidar muito bem com as críticas que recebe do público após analisar algo que, baseado em seus protocolos, chega a alguma conclusão que não coincide com a opinião popular.

“É normal, as pessoas vão querer dar a opinião delas. O que é engraçado é que se a minha análise bate com a opinião da pessoa ela fica feliz, se não bate, ela discorda e questiona. Quando uma pessoa não tem argumento, ela usa adjetivos para ofender a outra”, avalia.

“Eu faço isso na internet desde 2016, as pessoas com o tempo foram percebendo a diferença de ser um comentarista e fazer uma análise aplicando um protocolo. Para ser respeitado como um profissional, coloco de maneira cirúrgica, meus apontamentos. Falo sobre fatos e não sobre minha opinião”, considera o psicanalista.

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