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Em entrevista, cantor Silva comenta cena musical e representatividade

Ao Metrópoles, o cantor que faz show em Brasília na próxima semana, conta sobre projeto e a carreira

atualizado

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Divulgação/ Wilmore Oliveira
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1 de 1 silva - Foto: Divulgação/ Wilmore Oliveira

O cantor Silva faz show da turnê Brasileiro de 9 a 11 de agosto em Brasília. A apresentação será no Teatro dos Bancários e traz faixas inéditas como Nada Será Como Antes, Caju, Fica Tudo Bem e Brasil, Brasil. Em papo com o Metrópoles, o artista contou do projeto e falou sobre a carreira.

Como a gente vai ser brasileiro? é a pergunta que Silva tenta responder nos primeiros segundos do novo álbum. As 13 faixas inéditas traçam uma trilha de respostas possíveis para a questão. Ele também teve a parceria do irmão, Lucas Silva, no projeto. Ainda há participações de Ronaldo Bastos (Ela Voa), Anitta (Fica Tudo Bem), Arnaldo Antunes (Milhões de Vozes) e Dé Santos (Prova dos Nove).

Amante da MPB clássica, Silva bebe nas referências de artistas consagrados como João Donato, João Gilberto, Cassiano, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa. Dessa mistura de gerações, surge a singularidade de Silva, proporcionando uma mistura de ritmos como axé e samba.

O que difere o álbum Brasileiro dos demais e qual mensagem você acredita ter passado com esse mais orgânico de música?
Brasileiro foi o disco que mais gostei de fazer até aqui. Sinto o maior carinho pelos outros, mas, dessa vez, o processo foi mais prazeroso… me cobrei menos e deixei as músicas virem. Eu me produzo desde o começo, então, acredito que fazendo um samba ou uma balada romântica, as coisas sempre terão a minha cara, afinal, sou eu criando os arranjos, melodias, o negócio todo.

Qual o perfil do Silva? Como você se definiria?
Sou um músico brasileiro, tenho muito orgulho do lugar de onde venho e amo o que faço.

Você completou 30 anos em 2018. Quais foram os aprendizados principais nessa caminhada?Aprendi a gostar mais de mim, do meu jeito de cantar, falar e dançar. No começo da carreira, eu me cobrava demais. Eu criei uma falsa ideia do que era ser um “artista” e isso me deixava eternamente insatisfeito comigo. Não cumpria esses requisitos. Quando parei de me pressionar e deixei as coisas acontecerem de um jeito natural, fiquei mais feliz, Isso passou para a minha música e as pessoas têm sentido isso.

Como você definiria a música brasileira atual?
É difícil definir a música brasileira e talvez isso seja a coisa mais interessante da nossa produção. Ao invés de reclamar do mercado, como vejo muitos músicos fazerem, eu prefiro me dedicar ao meu trabalho. E isso não tem a ver apenas com a parte técnica, mas com o jeito de ver o mundo de agora e o jeito que as pessoas se relacionam com música. Tenho visto muita coisa boa por aí. Inclusive me apaixonei pela voz da Illy, uma incrível cantora baiana.

Você acredita que conseguiu responder a pergunta “Quem conhece o Brasil?” no álbum Brasileiro? Aliás, é possível fazer uma música 100% brasileira?
Essa é uma pergunta que quero continuar a fazer, eu mesmo me questiono com freqüência. Vivemos num mundo superglobalizado e não estou em defesa de algo 100% brasileiro ou com um selo de autenticidade do governo. Fazer música nacional hoje é algo desafiador e propor algo novo talvez seja o maior desafio.

Qual a sensação de tocar novamente em Brasília? O que acha da recepção da cidade?
Brasília me surpreende todas as vezes. Meu primeiro show na cidade foi num lugar superpequeno, mas com um público bastante caloroso. Depois voltei nas duas turnês seguintes e vi a plateia aumentar. Na última vez, fizemos duas sessões abarrotadas e todo mundo cantando do início ao fim.

Quais são os artistas de referência musical na sua carreira?
Amo João Donato, João Gilberto, Cassiano, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Arlindo Cruz, Marisa, Arnaldo, Joyce, Egberto Gismonti, Arthur Verocai… e mais um monte de gente. Sou apaixonado pela música brasileira em geral.

O que acha da representatividade crescente do público LGBT no cenário musical? Acredita ser uma forma de ampliar o debate e diminuir o preconceito?
Acho importantíssimo. Representatividade é essencial para fazer essas questões tão importantes virem à tona e isso faz a gente evoluir. Não há evolução sem discussão e aprendizado… disso a gente precisa muito.

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Show Silva – lançamento albúm Brasileiro
Nos dias 9/8 (quinta), às 21h;  10/8 (sexta), às 21h e 22h50 e 11/8 (sábado)  e 12  de agosto, às 21h, no Teatro dos Bancários (314/315 sul). Valores dos ingressos: R$ 45 sexta (21h) e sábado (20h) e R$ 50 na quinta (21h) e Sexta (22h50). Pontos de venda: Teatro dos Bancários, Central de ingressos do Brasília Shopping e site

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