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Elas Cantam Rita Lee: cantoras do DF unem música e conscientização

Com Ana Lélia, Dhi Ribeiro e mais, o show busca homenagear Rita Lee e arrecadar fundos para uma ONG com iniciativa baseada no Outubro Rosa

atualizado

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Nath Millen/Divulgação
Elas Cantam Rita Lee
1 de 1 Elas Cantam Rita Lee - Foto: Nath Millen/Divulgação

Criado em 2019, o projeto Elas Cantam retoma as atividades musicais presenciais homenageando Rita Lee. Com apresentação marcada para o dia 26 de outubro, às 20h, no Clube do Choro de Brasília, o grupo de oito cantoras da cena cultural do Distrito Federal realiza um show beneficente com o objetivo de arrecadar fundos para a ONG Recomeçar, que acolhe mulheres vítimas do câncer de mama e de violência doméstica.

Composto por Ana Lélia, Daniela Firme, Larissa Vitorino, Carol Melo, Andresa Sousa, Dhi Ribeiro, Nathália Cavalcante e a australiana Ana Clara Hayley, o coletivo musical busca conscientizar sobre o Outubro Rosa a partir da arte.

“Todas nós temos ideais muito parecidos. Nosso trabalho na arte é servir. Não é algo sobre nós, é sempre sobre o coletivo. A arte toca muito as pessoas e a música tem um impacto muito forte nas pessoas. E, no Outubro Rosa, é muito importante falar das questões sobre o câncer de mama como realizar o exame e informar que o diagnóstico precoce facilita a cura. É essencial associar a arte com o trabalho social”, conta Ana Lélia.

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O show

O show beneficente Elas Cantam reúne artistas de várias vertentes. Com mulheres do rock, do samba, do gospel e da MPB, a diversidade é um ponto trabalhado nas músicas e nos ensaios do grupo. Os momentos no palco, organizados por Larissa Vitorino, serão divididos em corais com todas as artistas, seguido por apresentações solo de cada uma, depois duetos, um trio e um quarteto.

“É um encontro incrível de mulheres preciosas de Brasília. A dinâmica está muito boa, está ficando maravilhoso. A timbragem ficou perfeita, temos contraltos, sopranos e uma divisão muito legal. Estamos com uma troca musical excelente nos ensaios com a banda, criando versões novas dos singles, baseadas em cada estilo. Vai ter de tudo um pouco”, explica Andresa Sousa.

A homenagem para Rita Lee também não é por acaso. A cantora retirou as mamas para evitar o câncer de mama, mas atualmente luta contra outro câncer: o de pulmão. Atualmente, com 74 anos de idade, a artista terá o repertório reproduzido pelas artistas do Elas Cantam.

“Foi um nome escolhido por todas nós. Quando fui convidada para participar, o grupo já existia e acabei ajudando com a ideia de quem homenagear. Rita Lee é um nome que todo mundo conhece, todo mundo gosta e ela tem uma representação forte. O câncer dela não é de mama, mas ela está na luta e é uma mulher como nós. Ela é um exemplo, tem uma forma muito bonita de enfrentar a doença. Foi uma escolha muito feliz”, explica Dhi Ribeiro.

O local de realização será o tradicional Clube do Choro de Brasília. “É um lugar simbólico, que abarca vários estilos e tem muita importância para os artistas autorais da cidade. Muito da cultura de Brasília acontece ali. É uma casa realmente especial e um projeto especial como esse precisa de um lugar interessante para acontecer”, comemora Daniela Firme.

Elas Cantam

O projeto musical começou em setembro de 2019 com as cantoras Ana Lélia, Ana Clara Hayley e Carol Melo. Elas trabalhavam juntas e se reuniram para fazer um grupo musical com cantoras do Distrito Federal. A primeira apresentação foi realizada logo em outubro do mesmo ano, com a adição de Daniela Firme e Nathália Cavalcante, homenageando Roberto Carlos.

“Foi um show muito legal, onde conseguimos ajudar 56 mulheres com a receita do show, além de conscientizar sobre o câncer de mama. Isso nos empolgou muito e deu forças para continuar com o projeto”, explica Carol Melo.

As beneficiadas com a renda da apresentação estão ligadas diretamente à ONG Recomeçar, que acolhe mulheres vítimas do câncer de mama e de violência doméstica. A escolha surgiu de Ana Clara Hayley, uma das fundadoras do grupo.

“Comecei a pesquisar e me identifiquei muito com a ONG porque eu retirei uma parte da mama. Grande parte do trabalho deles é arrecadar dinheiro para doar próteses para mulheres que retiram a mama e não têm dinheiro para uma cirurgia completa. Eles colaboram com a autoestima e o bem-estar feminino. Falamos com a fundadora, fizemos uma parceria transparente e a ideia deu certo”, lembra a artista.

Mesmo com a pandemia, que fez com que as apresentações fossem paralisadas, as cantoras mantiveram a atividade por meio de vídeos e lives. Com algumas participações especiais e alterações durante esses três anos, o grupo musical chega em 2022 na melhor forma, com o intuito de promover a arte no Distrito Federal, homenagear grandes artistas e sempre conscientizando sobre questões sociais.

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