metropoles.com

Crítica: “Tropix”, novo disco de Céu, traz música para a alma dançar

Investindo numa pegada eletrônica carregada de sutilezas e referências diversas, a cantora faz desde já um dos melhores discos deste ano

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação
Cantora Céu
1 de 1 Cantora Céu - Foto: Divulgação

Céu chega ao quarto disco da carreira e continua sendo uma das melhores novidades da música brasileira. Novidade porque, a cada novo trabalho, ela consegue trazer um frescor de estreante e, ao mesmo tempo, demonstrar maturidade artística.

“Tropix”, que ela acaba de lançar, reforça ainda mais essa ideia. Faixa a faixa, o novo álbum justifica a expectativa de quem aprecia seus trabalhos anteriores, soando familiar mas também surpreendente.

É muito aquela Céu que a gente conhece, mas é também diferente, novo (embora seja exagero considerá-lo um divisor de águas na carreira dela, como já foi dito). A começar pela sonoridade com forte pegada eletrônica, mas cheia de sutilezas, seca.

“Tropix”, quarto disco de Céu. 12 faixas (Som Livre, R$ 29,90)

Eis uma fórmula que tem dado certo: ela define um conceito e sobre ele trabalha livremente em diferentes direções. Aqui, parte de batidas minimalistas produzidas em sintetizadores e se esbalda em referências, de soul (“Amor Pixelado”) e disco (“A Nave Vai”) a ritmos brasileiros e latinos (“Arrastar-te-ei”, “Varanda Suspensa”), todas usadas com extrema elegância.

“Tropix” é dançante, mas não é exatamente um disco para as pistas — é mais para fazer a alma dançar do que o corpo. O clipe de “Perfume do Invisível”, espécie de cartão de apresentação, é bem um resumo do clima do álbum: a cantora dança com roupa cintilante, em meio a um elegante e sóbrio preto e branco.

Das 12 faixas, apenas duas não têm a assinatura de Céu — “A Nave Vai” (Jorge Du Peixe) e “Chico Buarque Song” (do grupo paulistano Fellini). Há parcerias com José Paes de Lira (ex-Cordel do Fogo Encantado), Fernando Almeida (Boogarins), Hervé Salters e até Rosa, a pequena filha da artista — que ofereceu sua visão sobre o filme “Onde Vivem os Monstros”, de Spike Jonze, para “A Menina e o Monstro”.

Parcerias, aliás, é um dos segredos da qualidade do trabalho musical de Céu. Sempre acompanhada de bons produtores e músicos criativos, ela abre mão do papel de cantora/diva para apostar no coletivo. Em “Tropix”, a cantora divide a produção com Pupillo, baterista do Nação Zumbi, e o músico francês Hervé Salters. Do que esse trio é capaz, só ouvindo para saber.

Compartilhar notícia

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?