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Autores de ideias polêmicas vão temperar programação da Feira do Livro

Bate-papos com convidados como Caio Fábio, Miriam Leitão, Frei Betto e Vladimir Neto devem atrair grande público ao evento literário, que começa no próximo dia 16/7

atualizado

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Divulgação/Intrínseca
Miriam Leitão
1 de 1 Miriam Leitão - Foto: Divulgação/Intrínseca

A 32ª edição da Feira do Livro de Brasília promete movimentar a vida cultural da cidade entre os dias 16 e 24 deste mês. Na extensa programação, chama a atenção a variedade de temas das conversas programadas para o Café Literário —  de gastronomia a espiritualidade — e a presença do veterano autor gaúcho Carlos Nejar.

Também ganha espaço destacado a literatura na era da internet — por meio do 1º Encontro Nacional dos Blogueiros Literários. Mas o que vai dar um tempero mais forte ao evento literário será a presença de autores capazes de atrair um público interessado não só em literatura, mas também em temas polêmicos ou figuras midiáticas.

Caio Fábio
O psicanalista amazonense tem trajetória polêmica. Pastor presbiteriano, rompeu com o protestantismo em 2003. Tornou-se líder e mentor do Movimento Caminho da Graça e criou a entidade assistencial Fábrica de Esperança, no Rio de Janeiro. Mas teve seu nome envolvido em escândalos, como quando foi ligado ao chamado Dossiê Cayman, em 1998, e quando foi acusado de negociar a concessão da TV Vinde. Ele participa de bate-papo em torno de seu novo livro, “Sem Barganhas com Deus”, no dia 20, às 20h, no Café Literário.

Esther Grossi
Educadora reconhecida, a gaúcha é pouco convencional não apenas no visual — pinta os cabelos de cores variadas. Dona de uma extensa bibliografia sobre educação, Esther Grossi surpreendeu meio mundo em 1998 (época em que era deputada federal pelo PT-RS) lançando “Mesa Sutra” (L&PM), livro de receitas afrodisíacas, que ela relança em Brasília, durante a Feira do Livro, no dia 18, às 20h. Um dias antes, a autora autografa outra obra sua mais recente, “A Festa Está Dentro de Nós” (editora Argumento), às 17h.

Frei Betto
O escritor e religioso dominicano sempre se destacou por seus posicionamentos políticos. Adepto da Teologia da Libertação, tem um importante histórico de militância na esquerda brasileira, registrado por ele mesmo em livros como “Cartas da Prisão” e “Batismo de Sangue”. Frei Betto participa de um bate-papo sobre felicidade e espiritualidade, no dia 19, às 19h, no Auditório Alvorada. Em seguida, autografa a edição revista e ampliada de seu livro “Fidel e a Religião”, lançada pela Companhia das Letras.

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Leonardo Boff

Outro nome que transita entre a religião e a política, o teólogo (foto acima) tem sido um catalisador de debates por conta de posicionamentos em defesa dos direitos humanos ou por conceitos teológicos. Era frade quando suas teorias sobre a hierarquia na Igreja Católica lhe renderam um processo junto à Congregação para a Doutrina da Fé. No dia 20, às 19h, no Auditório Alvorada, ele vai falar sobre “Direitos do Coração: Como Reverdecer o Deserto”, mesmo título do livro que ele lança pela Paulus e autografa sem seguida ao bate-papo.

Miriam Leitão
Em tempos de polarização política, as análises econômicas da jornalista (foto no alto), apresentadas nos telejornais da TV Globo, frequentemente esbarram em ferrenhos críticos. Miriam terá agenda extensa na feira. A maratona da autora começará às 17h do dia 23, no Auditório Alvorada, onde ela fala sobre literatura infantil e família. Logo em seguida, autografa seus títulos infantis, “A Perigosa Vida dos Passarinhos Pequenos” e “A Menina de Nome Enfeitado”, ambos da Rocco. Às 19h, se encontra com o público para um tema mais árido — A história do futuro: o horizonte do Brasil no século 21.

Vladimir Netto
Filho de Miriam Leitão e colega da mãe no jornalismo da TV Globo, o repórter Vladimir Netto aborda um tema quente (e capaz de provocar controvérsias e paixões) no livro “Lava Jato — O Juiz Sergio Moro e os Bastidores da Operação que Abalou o Brasil”, lançado recentemente pela editora Primeira Pessoa. Na obra, ele acompanha a investigação do maior escândalo de corrupção do Brasil. E é sobre isso que o jornalista conversa com o público da Feira do Livro no dia 23, às 16h, no Auditório Alvorada, antes de autografar a obra.

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