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Uma babá passa por apuros em “Boneco do Mal”

Terror narra o cotidiano de uma jovem que passa dias de pânico e paranoia ao tomar conta de um estranho boneco de porcelana

atualizado

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David Bukach/STX Productions
David Bukach/STX Productions
1 de 1 David Bukach/STX Productions - Foto: David Bukach/STX Productions

Certas referências parecem nunca sair de moda. O demoníaco Chucky de “O Brinquedo Assassino” (1988) ganhou uma sucessora em “Invocação do Mal” (2013), terror que apresentou ao mundo a estática Annabelle. E, veja você, a indústria de Hollywood anda tão animada com essas marionetes sinistras que ela ganhou até um filme solo, lançado em 2014. Desta vez, conheça Brahms, o “Boneco do Mal”.

Aqui, o diretor William Brent Bell, do pouco considerado “Filha do Mal” (2012), filma a atriz Lauren Cohan em seu primeiro trabalho de fôlego. Mais conhecida pelo papel que representa na série de zumbis “The Walking Dead”, ela vive uma jovem americana que se muda para a Inglaterra. Arranjou um emprego como babá e, pelo jeito, será muito bem paga.

Eis o problema: o menino é, na verdade, um boneco de porcelana. E é tratado pelos pais, um casal de idosos, como uma criança de carne e osso. Os donos da casa saem em viagem e deixam o garoto aos cuidados da pobre Greta Evans.

Boa personagem feminina, mas terror de clichês batidos
Toda a condução do filme segue a cartilha de esquecíveis produtos de terror recentes, com uma atmosfera minimamente ameaçadora pontuada por pegadinhas disfarçadas de sustos. Brahms nunca é mostrado se movendo na tela. Mas, quando ninguém está vendo (nem Greta, nem o espectador), ele parece se mexer o tempo inteiro.

Obviamente, a paranoia de Greta tem algo a ver com um trauma do passado. O tédio é cortado pelos flertes com Malcolm (Rupert Evans), comerciante responsável por encher a despensa e entregar o salário de Greta. Isso quando o boneco permite qualquer gracejo um pouco mais sugestivo.

“Boneco do Mal” até almeja indicar alguma ambiguidade na relação (áspera e amistosa) entre Greta e Brahms, mas aposta em procedimentos de suspense batidos. Além disso, a ambientação parece copiada do neozelandês “Housebound” (2014), um bem-humorado filme de casa assombrada que não teve lançamento no Brasil. A ressalva positiva vai para a roteirista Stacey Menear, que se recusa a tornar Greta mais uma frágil donzela a ser resgatada.

Avaliação: Regular

Veja horários e salas de “Boneco do Mal”.

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