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Retrospectiva 2016: os melhores filmes do ano, de “Aquarius” a “Sully”

O Metrópoles relembra os melhores filmes de 2016 lançados oficialmente no circuito de Brasília. A lista vai de “Aquarius” a “Sully”

atualizado

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Vitrine Filmes/Divulgação
Aquarius, filme
1 de 1 Aquarius, filme - Foto: Vitrine Filmes/Divulgação

Nos cinemas, o ano de 2016 recebeu mais uma manada de blockbusters. “Rogue One – Uma História Star Wars” chegou perto do Natal para encerrar uma temporada marcada por vários grandes lançamentos.

Vimos o super-herói boca-suja em “Deadpool”, a Marvel acumular mais dois sucessos com “Capitão América – Guerra Civil” e “Doutor Estranho”, a DC amargar recepção moderada com “Batman vs Superman” e “Esquadrão Suicida”, a Disney encher o bolso com as animações “Zootopia” e “Procurando Dory”…

Enumeramos os lançamentos mais manjados de 2016 para dirigir sua atenção a outros filmes do ano que valem ser vistos. O circuito de cinema no Brasil e, por extensão, em Brasília, anda longe do ideal. Tanto que a cidade deixou de exibir títulos alternativos como “Cemitério do Esplendor”, “Certo Agora, Errado Antes” e o nacional “O Futebol”.

Abaixo, o Metrópoles lista seus favoritos entre os filmes que passaram nas telas da capital:

Veja o top 10 de melhores filmes de 2016:

Imovision/Divulgação

10 – “As Montanhas se Separam”, de Jia Zhang-ke 
Sempre atento às mudanças sociais e econômicas vividas pela China nas últimas décadas, Jia Zhang-ke tece uma crônica emotiva sobre o país a partir da personagem da atriz Zhao Tao, esposa do diretor. Em 1999, 2014 e 2025, nota-se como o dinheiro e o progresso interfere diretamente nos relacionamentos e nas tradições. Tudo isso embalado por “Go West”, dos Pet Shop Boys.

Zeta Filmes/Divulgação

9 – “O que Está Por Vir”, de Mia Hansen-Løve
Que ano de Isabelle Huppert! Além de estrelar “Elle” (mais adiante na lista), ela também entrega uma grande performance no novo filme da jovem cineasta francesa Mia Hansen-Løve. Com uma direção cuidadosa, capaz de captar a urgência de um momento sem truques de roteiro, a autora segue os dramas e as mutações de uma professora de filosofia obrigada a se reinventar na meia-idade.

Vitrine Filmes/Divulgação

8 – “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho
Debate político à parte, é de longe o filme brasileiro mais instigante e bem dirigido do ano. Kleber Mendonça Filho, de “O Som ao Redor” (2012), volta a analisar a classe média nacional por meio de um retrato baseado na urgência do presente e no peso da memória. Sonia Braga brilha até nas cenas mais simples. Uma bonita história sobre resistir.

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Diamond Films/Divulgação

7 – “Os Oito Odiados”, de Quentin Tarantino
A bilheteria moderada e algumas críticas mornas de fato diminuíram o impacto do oitavo longa de Tarantino. De qualquer modo, merece revisão por funcionar como uma versão em larga escala de “Cães de Aluguel” (1992). Um faroeste genuinamente contemporâneo que repassa as tradições do gênero para construir um suspense de imensa carga histórica.

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California Filmes/Divulgação

6 – “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes”, de Richard Linklater
Richard Linklater, de “Boyhood” (2014), é um mestre em fazer filmes generosos sobre personagens em momentos específicos da vida. Seus longas são como fotos instantâneas, sem flashbacks ou espiadas no futuro. Nesta continuação “espiritual” de “Jovens, Loucos e Rebeldes” (1993), ele segue jogadores de beisebol universitário nos dias que antecedem o início das aulas na faculdade.

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Zeta Filmes/Divulgação

5 – “Creepy”, de Kiyoshi Kurosawa
Mestre do horror contemporâneo, o japonês Kiyoshi Kurosawa conta uma história de serial killer que transcende clichês de filmes sobre assassinos em série. Com olhar atento para criar sutis mudanças de iluminação e mexer com as expectativas do público, o diretor narra os embates entre um ex-detetive e seu estranho novo vizinho.

Divulgação

4 – “O Cavalo de Turim”, de Béla Tarr e Ágnes Hranitzky
Lançado tardiamente, o último filme do húngaro Béla Tarr foi finalizado em 2011. O diretor parte de uma anedota sobre o filósofo Nietzsche, que certa vez teria tentado proteger um cavalo de chicotadas e sofreu um colapso. Com um senso incrível para formar planos longos, Tarr imagina a história do animal e de seus donos. Cria, assim, um trabalho majestoso sobre a crueza da vida.

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Sony/Divulgação

3 – “Elle”, de Paul Verhoeven
Com total controle sobre a produção, o holandês Paul Verhoeven (“RoboCop”) realizou o seu trabalho mais livre e ousado. Praticamente dividindo a autoria com a atriz Isabelle Huppert, o diretor é capaz do que parece improvável: embaralhar e transcender os limites (aceitáveis ou moralmente plausíveis) entre repulsa e desejo, dor e prazer. Um filme monstruoso – em todos os sentidos.

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Warner Bros./Divulgação

2 – “Sully – O Herói do Rio Hudson”, de Clint Eastwood
Aos 86 anos, Clint Eastwood consegue permanecer como um dos melhores diretores em atividade no cinema americano. Desta vez, ele se apropria do conhecido “Milagre do Rio Hudson” para narrar atos coletivos de trabalho. Esqueça o heroísmo do título nacional. “Sully” é um filme preciso – apenas 96min – e precioso sobre o milagre da cooperação humana.

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Mares Filmes/Divulgação

1 – “Carol”, de Todd Haynes
Baseado no belíssimo livro autobiográfico de Patricia Highsmith, o filme de Todd Haynes rendeu seis indicações ao Oscar, mas foi esquecido na categoria de Melhor filme. Azar da estatueta. O melhor filme de 2016 consegue combinar um espírito claramente contemporâneo com uma delicadeza gestual digna de “Desencanto” (1945), clássico do qual “Carol” é herdeiro direto.

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