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Pai de família vive com namorada e ex-mulher em “Até que a Casa Caia”

Uma das estreias desta quinta (10/12), novo longa do brasiliense Mauro Giuntini traz Marat Descartes, Virgínia Cavendish e Marisol Ribeiro numa comédia de costumes ambientada na capital

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Um triângulo amoroso às avessas, desconfortável e nada sensual permeia as ações do novo longa do brasiliense Mauro Giuntini (“Simples Mortais”). Filme de encerramento do último Festival de Brasília, em setembro, a comédia ambientada em Brasília tenta se valer de uma composição familiar absolutamente contemporânea para narrar desentendimentos entre amantes (e ex-amantes).

Ator ultimamente associado ao cinema brasiliense, Marat Descartes esteve nos dois primeiros longas do candango radicado em São Paulo Gustavo Galvão, “Nove Crônicas para um Coração aos Berros” (2013) e “Uma Dose Violenta de Qualquer Coisa” (2014).

Agora, o intérprete paulistano encarna Rodrigo, um pai de família e professor frustrado às voltas com o lar rachado em que vive. Sem condições financeiras de bancar a vida de solteiro e recém-divorciado, ele é obrigado a ainda dividir o teto com a ex-mulher, Ciça (Virgínia Cavendish).

Uma “dramédia” com bons atores – mas de tom vacilante
Matheus (Emanuel Lavor), filho adolescente do casal, é exposto diariamente a uma estranha situação: os pais estão ao mesmo tempo juntos e separados. A confusão se intensifica quando a jovem Leila (Marisol Ribeiro), namorada de Rodrigo, decide amadurecer o relacionamento e morar com ele – Ciça e Matheus.

A “dramédia” de costumes volta a colocar Giuntini em contato com a ambientação sufocante de “Simples Mortais” (2007), um drama de múltiplas histórias concentrado em conflitos entre quatro paredes de apartamentos. Esse cerco condominial encontra alguns bons reflexos no tom de gozação usado por Giuntini para registrar as contendas familiares.

Ao contrário do longa de estreia, engessado pela estrutura sub-Iñárritu, “Até que a Casa Caia” exala uma encenação muito mais crível, em parte pelas certeiras expressões fornecidas por Descartes. Ainda assim, o filme parece vacilar entre o escárnio da primeira metade e a busca por uma catarse confortável na segunda, borrada por uma frágil dualidade entre corrupção política (em que Rodrigo se envolve para melhorar de vida e manter Leila) e decência familiar (protelada, mas sempre almejada).

Avaliação: Regular

Veja horários e salas de “Até que a Casa Caia”.

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