“Minha Mãe É uma Peça 2” é a maior estreia dos cinemas brasileiros

“Paulo Gustavo é o que o público quer ver”, diz Bruno Wainer, da distribuidora Downtown. Pelo visto, ele realmente acredita nisso. “Minha Mãe É uma Peça 2”, que estreia nesta quinta-feira (22/12), será distribuído em mil salas de cinema de todo o Brasil — o que configura a maior estreia do país.

Tanta expectativa não é descabida. Paulo Gustavo é, com certeza, um dos maiores sucessos do cinema nacional recente. “Minha Mãe É uma Peça” foi visto por 4,5 milhões de espectadores. “Vai Que Cola — O Filme” levou 3,5 milhões ao cinema. Além das telonas, o comediante é sinônimo de sucesso no teatro e na tevê.

“Minha Mãe É uma Peça 2” tenta surfar no carisma do ator. Na verdade, o filme, assim como quase todas as outras produções, gira em torno de Paulo Gustavo. Ele vive novamente a debochada Dona Hermínia, que precisa enfrentar a saída dos filhos de casa e receber a irmã que mora nos Estados Unidos.

O longa traz poucas inovações. Juliano, o filho mais velho, não é mais gay. Virou bissexual. Marcelina vai morar em São Paulo para se dedicar ao teatro. As mudanças deixam a cabeça de Dona Hermínia — que já não é das mais normais — bastante bagunçada.

É nas piadas de Paulo Gustavo que o filme se apoia. Apesar disso, o longa, dirigido por César Rodrigues, também se esforça para emocionar o espectador, com pitadas de drama familiar. Em um contraponto comum em comédias do gênero.

O novo filme não esconde a pegada televisiva que tem sido predominante nas produções nacionais contemporâneas. Não à toa é a principal aposta para tirar a adaptação “Os Dez Mandamentos”, outra oriunda das telinhas, do topo da lista de filmes brasileiros do ano.