metropoles.com

Filme de diretor brasiliense é selecionado para participar de Cannes

Marcelo Barbosa e Aude Chevalier-Beaumel exibirão o documentário Indianara na edição 2019 do festival francês

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
Militante Indianara
1 de 1 Militante Indianara - Foto: Reprodução

O documentário brasileiro Indianara foi selecionado para a mostra Acid, do Festival de Cannes 2019. A produção, dirigida pelo brasiliense Marcelo Barbosa e a francesa Aude Chevalier-Beaumel, conta a história da ativista pelos direitos dos transexuais Indianara Siqueira.

O longa, com 84 minutos de duração, retrata os atos de resistência da militante contra as ameaças e ataques a travestis e transexuais no Brasil. O Acid (Association du Cinema Independant pour sa Diffusion) é dedicado às produções independentes.

Marcelo, que se formou em comunicação na Universidade de Brasília (UnB), nasceu em São Paulo, mas chegou à capital com 6 meses de idade. Ao Metrópoles, ele contou como Indianara se tornou personagem do documentário.

“Eu dirijo junto com minha amiga francesa, que mora há 15 anos no Brasil. Ela é documentarista e jornalista, e conhecia o trabalho da Indianara. Há algum tempo, a gente queria fazer algo juntos, e essa foi a oportunidade”, diz. “Fico muito feliz com essa oportunidade de passar em Cannes”, completa.

Na mesma seleção, participam os filmes L’Angle Mort (Pierre Trividic e Patrick-Mario Bernard), Des Hommes (Alice Odiot e Jean-Robert Vaillet), Kongo (Hadrien La Vapeur e Corto Vaclav), Solo (Artemio Benki), Mikey and The Bear (Annabelle Attanasio), Rêves de Jeunesse (Alain Raoust), Take Me Somewhere Nice (Ena Sendijarevic) e Vif-Argent (Stéphane Batut).

Brasileiros em Cannes
Ao menos outras cinco obras brasileiras figuram entre os escolhidos, duas delas competindo pela Palma de Ouro, principal premiação, e outras duas na mostra alternativa Um Certo Olhar, além de fita selecionada para exibição na Quinzena dos Realizadores.

O diretor pernambucano Kléber Mendonça Filho, que já exibiu em Cannes seu filme Aquarius, em 2016, concorre novamente, agora com seu novo longa, Bacurau, em codireção com Juliano Dornelles. O filme foi descrito como uma mescla de gêneros, como faroeste e ficção científica, em pleno Sertão nordestino.

O Traidor, dirigido pelo italiano Marco Bellocchio, narra a história de Tommaso Buscetta, mafioso italiano que alcaguetou seus antigos companheiros da Cosa Nostra e se refugiou no Brasil. Ambos os filmes concorrem à Palma de Ouro.

Fora da disputa pelo prêmio máximo de Cannes estão A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Ainouz, e Port Authority, de Danielle Lessovitz.

Sem Seu Sangue, dirigido pela carioca Alice Furtado, participa da Quinzena dos Realizadores.

Compartilhar notícia