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Crítica: O Que te Faz Mais Forte é tocante história real de superação

Jake Gyllenhaal vive Jeff Bauman, jovem que teve as duas pernas amputadas após ser ferido no atentado na maratona de Boston, em 2013

atualizado

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Paris Filmes/Divulgação
stronger o que te faz mais forte
1 de 1 stronger o que te faz mais forte - Foto: Paris Filmes/Divulgação

O Que te Fez Mais Forte prova que histórias inspiradoras de superação não precisam soar como produtos de autoajuda para emocionarem o público. Com uma abordagem equilibrada do diretor David Gordon Green – responsável pelo novo Halloween, que estreia em 18 de outubro –, o filme mostra as dores de um trauma coletivo a partir da trajetória de Jeff Bauman.

Vivido por Jake Gyllenhaal em performance de visível intensidade física, o jovem era apenas um entre milhares de espectadores da maratona de Boston, em abril de 2013. Naquela edição, ele, desempregado, decidiu largar a preguiça para torcer por Erin Hurley (Tatiana Maslany), com quem mantinha um relacionamento marcado por idas e vindas.

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Duas bombas caseiras estouraram no começo da tarde, matando três pessoas e ferindo mais de 250. Bauman saiu vivo, mas teve as duas pernas amputadas. Bem como outros sobreviventes, ele se tornou um dos símbolos do slogan Boston Strong, criado para apoiar familiares de vítimas e mortos no atentado terrorista.

Detalhes e repercussões do incidente, como a caça aos autores do crime, são ilustrados pela via do cinema de ação e suspense no recente O Dia do Atentado (2017). O Que te Faz Mais Forte faz o caminho inverso: individualiza os eventos daquele dia em busca de uma reflexão universal.

É aí que o longa se distancia de outras histórias reais de fundo supostamente edificante. Trata-se de um filme sobre os ecos dissonantes e caóticos de uma tragédia que afeta a família ao redor, abala relacionamentos amorosos e amplifica apreensões quanto ao futuro.

Conhecido por transitar na cena indie entre dramas realistas, romances jovens e comédias de diferentes vibes, o cineasta David Gordon Green não resiste a uma certa inclinação pela catarse simplificada, por momentos de iluminação.

Certos clichês à parte, esta também é a história de um jovem algo inconsequente forçado a amadurecer, administrar seu mundo, sobretudo com relação à mãe alcoólatra, Patty (Miranda Richardson), e encarar as responsabilidades da vida adulta.

Filmes baseados em fatos costumam recorrer a chantagens emocionais ou idealizações batidas de heroísmo. O Que te Faz Mais Forte encontra no personagem de Carlos Arredondo (Carlos Sanz), costa-riquenho que socorreu Bauman após as explosões, uma maneira de dizer que tragédias nos unem, mas não nos definem.

Avaliação: Bom

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