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Crítica: “O Bebê de Bridget Jones” reforça o carisma da personagem

Passaram-se 15 anos, mas Bridget Jones permanece com o mesmo jeitinho atrapalhado e doce de sempre

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o bebe de bridget jones
1 de 1 o bebe de bridget jones - Foto: Divulgação

Os fãs de Bridget Jones podem ficar animados. O mais novo filme da série, “O Bebê de Bridget Jones” é bem fiel à personagem que cativou o mundo há 15 anos.

Desta vez, Bridget (Renne Zellweger) está de volta com o peso que tanto almejou e com um ótimo cargo como produtora de um noticiário. Mas, como as pressões sociais parecem nunca ceder, desta vez recai sobre ela o “peso” da maternidade. Afinal, ela completou 43 anos e seus ovários estão “caducando”, como insiste em dizer ano a ano sua mãe em todas as ligações de aniversário.

Livre, leve e solta, a jornalista não parece insatisfeita com seu status. A idade só toma status de “problema” quando ela observa que os amigos da mesma faixa etária estão “presos” com bebês e questões conjugais. E é com os amigos na faixa dos 30 que Bridget faz o que sabe melhor: se jogar na vida, sem medo de ser feliz.

Amiga fiel, de balada e de trabalho, Miranda (Sarah Solemani) convida Bridget para  um fim de semana fervido em um festival de música. E as duas se jogam, literalmente, àquele delírio juvenil, que tem até a participação do cantor britânico Ed Sheeran.

Não precisa ser fã da série para se deliciar com o jeito que a Bridget tem de se envolver de forma natural com tudo, até com a “vida louca”. Durante o festival, a protagonista conhece Jack (Patrick Dempsey), com quem se envolve sexualmente. Uma semana depois, ela reencontra Mark Darcy (Colin Firth), com quem terminou o namoro há cinco anos. Daí pra frente já foi entregue no trailer: eles dormem juntos, Bridget engravida e fica em pânico ao ter dúvidas sobre quem é o pai da criança.

Fora das telas, Renne Zellweger falou recentemente sobre como a indústria do cinema é cruel com mulheres que passaram determinada faixa etária. O machismo impera e é muito interessante a forma como o tema se revela no filme. Considerada “velha”, Bridget é confrontada algumas vezes por esses preconceitos. Sua gravidez, por exemplo, é considerada geriátrica, o que a torna um alvo fácil para piadinhas sem graça principalmente pelo fato de ela ser uma mãe solteira.

A crise que o jornalismo vive atualmente também é tratado, de forma mais sutil, como um drama na vida da protagonista. Com uma nova chefia tomando as rédeas do jornal, Bridget é “mandada e desmandada” por uma turma de jovens hipsters que desejam mudar os rumos do noticiário. No lugar das matérias factuais, entram manchetes mais “intrigantes” como “geladeira pode causar Alzheimer?” e assuntos tão vagos quanto.

Fiel à origem

O mais interessante de “O Bebê de Bridget Jones” é ver como ainda há sintonia entre Sharon Maguire (“O Diário de Bridget Jones”), que volta a assinar a direção da franquia, com Renne Zellweger. Juntas, elas mostram que é possível ser fiel à origem mesmo passados 15 anos.

Dotada de um charme peculiar e de um jeito graciosamente estabanado, Bridget mantém neste novo filme suas características que lhe renderam fama em todo mundo. Por fugir dos esterótipos das comédias românticas e não ser nem um pouco politicamente correta, a personagem conquistou fãs pela empatia que causou. Há quem se enxergue naquela mulher que não sabe muito o que fazer, nem para onde ir, mas tá caindo e levantando com as voltas que o mundo dá.

Com Patrick Dempsey e Colin Firth como pares românticos, “O Bebê de Bridget Jones” mantém o ritmo necessário para dar liga ao longa e ajudam a manter o drama e a carga cômica em um bom nível. Uma boa dose de nostalgia aos que se sentiam “órfãos” de Bridget Jones é garantida com o trio enroscado em uma trama bem amarrada.

Avaliação: Bom

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