Crítica: Em Shazam, DC segue em seu caminho de redenção nos cinemas
A adaptação do super-herói às telonas trouxe agradáveis surpresas
atualizado
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Atenção, contém spoilers!
A DC vem amargado bola fora atrás de outra, com algumas exceções, como Mulher-Maravilha e Aquaman (acerto discutível, na minha opinião). Shazam!, no entanto, chega para dar uma quebra na tendência. Filmes de herói têm movimentado as bilheterias, com uma ampla vantagem em qualidade e arrecadação para a Marvel.
Como qualquer película que introduz um novo herói – sobretudo um mais desconhecido, como Shazam (Zachary Levi) –, o filme dedica grande parte de suas duas horas para apresentar o personagem Billy Batson (Asher Angel), seus conflitos e poderes. O longa não se arrasta e acerta ao fazer um prelúdio de forma dinâmica (porém, não acelerada).
O humor também segue uma linha interessante e agradável, criando um modelo próprio. Enquanto nos filmes do MCU há a constante “cena de tensão quebrada por piadas” a todo instante, o diretor David F. Sandberg investiu em um sistema mais leve, reunindo as gracinhas em momentos leves, com as quebras apenas em locais específicos, como em um “dramático” diálogo entre o protagonista e o terrível Dr. Sivana (Mark Strong).
Os efeitos não decepcionam os mais exigentes e as cenas de ação são bem-desenhadas e divertidas. A escolha é de uma estética que remete aos filmes dos anos 1980, desde os vilões, monstros e tipos de sustos. Isso não é ruim.
A única ressalva que faço é sobre o drama pessoal de Billy. Até para um filme despretensioso em história e emoções, é decepcionante perceber a história do personagem se basear na busca por sua mãe e que o herói, ao reencontrá-la e descobrir ter sido intencionalmente abandonado, apenas aceita, vira as costas e abraça sua nova família.
Avaliação: Ótimo