metropoles.com

Crítica: 3ª Andar – Terror na Rua Malasaña foca em assustar o espectador

Longa espanhol falha ao deixar construção do mito de lado e exagera na repetição de fórmulas do estilo de horror

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação
MALASAÑA 32 – HAUS DES BÖSEN
1 de 1 MALASAÑA 32 – HAUS DES BÖSEN - Foto: Divulgação

O 3º Andar – Terror na Rua Malasana chegou aos cinemas brasileiros na última semana. O longa espanhol estreia com a premissa de garantir bons sustos ao espectador, além de uma trama baseada em histórias reais de uma região da cidade de Madrid.

Do diretor espanhol Albert Pintó, o longa se passa em 1976 e acompanha a família Olmedo e sua tentativa de buscar a prosperidade prometida pela cidade grande no início da era pós-franquista na Espanha. Com isso, Manolo e Candela acompanhados de seus três filhos e o avô Fermín se estabelecem no bairro Malasaña, em Madrid.

Após um breve flashback dos anos 1972 – mostrando o lado sobrenatural da moradia – a trama tem início com a chegada da família à nova casa: um apartamento no 3º andar, de um prédio localizado no número 32 da rua Manuela Malasaña, região conhecida por suas histórias trágicas envolvendo mortes e mistérios.

Como a maioria das famílias que optam por trocar a vida no interior pela cidade grande, os Olmedo encontram dificuldade de adaptação, tendo que lidar ainda com as dificuldades financeiras decorrentes da compra do apartamento.

0

A partir daí, a trama passa a mostrar como cada um dos seis membros da família se adaptam à mudança, enquanto mistérios envolvendo o casal Manolo e Candela, a filha Amparo e o avô se desenrolam. Além disso, a casa começa a revelar seu lado sobrenatural.

Neste ponto, a trama de O 3ª andar começa a falhar demais. Ao invés de dar prosseguimento a história que envolve o lado amaldiçoado da moradia em Malasaña e fortalecer o mito que envolve a história de horror do filme, o longa de Albert Pintó opta por focar em repetitivos sustos – iguais aos de qualquer longa no estilo jumpscare – e dar mais espaço para os problemas “urbanos” da família.

Com isso, até mesmo a premissa de uma trama inspirada em eventos reais se perde e faz com que o espectador se envolva pouco na história do filme. O filme até conta com referências em clássicos dos anos 1980, como Poltergeist (1982), e em alguns momentos, principalmente em seu ato final, lembra franquias que fizeram sucesso recentemente, a exemplo de Invocação do Mal (2013) e Sobrenatural (2010). Tática que acaba deixando as cenas  um pouco repetitivas.

No desenrolar (tardio) do mito que envolve a antiga moradora da casa e a figura sombria que vive no apartamento, o longa ainda busca levantar temas como homofobia, gravidez na juventude, adultério e religião para a trama, mas que em nenhum momento se justificam como explicação dos fenômenos  sobrenaturais exibidos em mais de 120 minutos de projeção.

Avaliação: Regular 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?