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Competição no Festival de Brasília começa com poesia e realismo fantástico

O longa-metragem “A Família Dionti”, do carioca Alan Minas, aposta em um sensível drama sobre amor e questões familiares para conquistar público e jurados

atualizado

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A Familia Dionti_Divulgação
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Um personagem chora grãos de areia. Outro se liquefaz quando se apaixona pela primeira vez, por uma garota de circo. A mãe dos dois não vive mais com eles, pois derreteu de amor, evaporou. Conduzido por esse misto de poesia e realismo fantástico, o filme “A Família Dionti” (RJ, foto), de Alan Minas, abre nesta quarta (15/9), às 20h, no Cine Brasília, a mostra competitiva de longas-metragens do 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

O roteiro sensível é a arma do filme de Minas para conquistar público e jurados. A projeção mostra a história fantástica de um pai que vive com dois filhos no interior de Minas Gerais. O patriarca, Josué, trabalha em uma olaria e sonha com o dia em que poderá rever a esposa, que simplesmente evaporou. Todos os dias, ele espera que a amada volte. Mas, com a chegada de Sofia, jovem que desperta paixão em um dos seus filhos, Josué passa a temer que o caçula também vá embora. No elenco do longa estão Gero Camilo, Antonio Edson, Murilo Quirino, Bia Bedran e Neila Tavares.

Dois curtas paulistas
Antes da exibição de “A Família Dionti”, passam pela tela os curtas “À Parte do Inferno” (SP), de Raul Arthuso, e “Command Action” (SP). O filme de João Paulo Miranda Maria conta o dia atípico na vida de um garoto que vai comprar legumes na Feira Popular do Cervezão, bairro da cidade de Rio Claro (SP). No meio do caminho, ele encontra um robô de brinquedo e o acontecimento acaba mudando a vida do rapaz.

O filme — cuja estreia foi na Semana da Crítica do festival de Cannes, em abril deste ano — tem um detalhe curioso. Apesar de ter arrecadado R$ 28 mil pela Lei Rouanet, o valor não foi suficiente para a finalização. A solução encontrada pela equipe foi vender rifas pela cidade (Rio Claro) para completar o dinheiro dos gastos.

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