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Cannes: documentário alega que Whitney Houston sofreu abuso sexual

Filme sobre a cantora pop escancara sem amarras os demônios que ela enfrentou

atualizado

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Divulgação/Festival de Cannes
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1 de 1 whitney.w710.h473 - Foto: Divulgação/Festival de Cannes

Numa sessão de gala ocorrida na madrugada do dia 17, o Festival de Cannes apresentou Whitney, documentário do inglês Kevin Macdonald. O que poderia ser apenas uma coletânea de altos e baixos de uma carreira meteórica, porém, traz novas informações e alegações para tentar explicar por que a cantora americana teria se entregado às drogas sem conseguir escapar.

A exploração psicológica parte de três vertentes: Whitney sofreu bullying a vida inteira por causa do tom de pele claro (e, quando mudou do gospel para o pop, foi apelidada por pessoas como Al Sharpton, ativista pelos direitos dos negros, de “Whitey” –Branquela — Houston), especulações sobre sua sexualidade e o relacionamento com a melhor amiga, Robyn Crawford, e, finalmente, a confirmação, por duas pessoas diferentes, de que ela havia sido molestada na infância por Dee Dee Warwick, sua prima.

As alegações partem dos próprios parentes, especialmente seus irmãos, Michael e Gary. A mãe, Cissy, nunca soube do abuso, pois, segundo relatam, as crianças tinham medo de dizer a verdade. Gary, o mais velho, diz que ele também foi molestado pela prima, entre os 7 e os 9 anos. Com uma mãe cantora que saía frequentemente em turnê, era comum que os pequenos ficassem longos períodos na casa de tias e primos.

O filme choca pela franqueza com que os entrevistados tratam de todos os assuntos, incluindo a confirmação do abuso e de que Whitney teria tido de fato um caso com sua amiga Robyn e o casamento da cantora com Bobby Brown. Ele, durante a entrevista, recusa-se a falar sobre drogas e o roubo de sua fortuna pelo próprio pai. A vida e o destino da filha, Bobbi Kristina Brown, é quase insuportável de se ver.

Dee Dee WarwickÉ essa parte investigativa do documentário que eleva o filme, por pior que pareça. Enquanto a maioria dos diretores ficam desprovidos de material que comprove suas teses documentais, ou mesmo cautelosos demais para revelar o lado oculto de seus sujeitos, Macdonald escancara os demônios de Whitney Houston de maneira que um ou outro processo judicial ainda deve aparecer.

Antes disso, porém, vemos a trajetória de sucesso de uma das maiores vozes que a música americana já testemunhou. É o biopic de praxe, que mostra uma menina de origem humilde subindo ao estrelato. Trechos de suas músicas são acompanhados por montagens do que acontecia na América e no mundo durante as presidências de Ronald Reagan, George H.W. Bush e Bill Clinton.

Destaque para uma versão a cappella de I Wanna Dance with Somebody que fez uma plateia de 2.200 pessoas se arrepiar em uníssono.

Avaliação: Ótimo

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