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Underground de Brasília se reinventa em festas e ocupações urbanas

Onde ir para ouvir e ver as últimas tendências da cena alternativa da capital

atualizado

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A cena underground de Brasília se adaptou aos novos tempos. As baladas alternativas, que se espalhavam pelo Plano Piloto, tiveram que buscar novos locais, por conta do fechamento de casas noturas e a Lei do Silêncio. A night, então, passou a ocupar o centro da capital para driblar os limites de decibéis e se aproveitar da peculiar arquitetura. Essas mudanças passam por coletivos e produtores, cansados da mesmice das festas.

O Conic e o Setor Comercial Sul (SCS) viraram a casa dos grupos Ímã, Crazy Cake Crew (CCCP), HO Audio Company, Crew.Za, Criolina, 5uinto, Vapor, Sujo e Bolha. Essa galera, formada majoritariamente por jovens nascidos na cidade, comanda as baladas de ritmos alternativos, com música eletrônica, hip-hop e funk. Além do som, o movimento abriga performances artísticas e exposições de arte de rua.

Kaká Guimarães, fundador do Crew.Za com Babi Bressan e Perigor, é um dos entusiastas do novo cenário underground. Seu coletivo está por trás da Balada em Tempos de Crise e da recente ocupação do Túnel do Lago Norte. Em paralelo, o produtor comanda ações e festas no Conic, no Setor de Diversões Sul, um dos corações da capital.

Felipe Menezes/Metrópoles
Kaká Guimarães leva cultura, festa e arte para o Conic

 

Área não residencial, portanto sem reclamações de vizinhos quanto o barulho, o Conic oferece outras vantagens. Próximo à Rodoviária, o local tem fácil acesso a quem vem de cidades satélites e possuí ambiente cercado de grafites e arte urbana. Nada mais underground!

A intenção é ressignificar o espaço do Conic. Promover eventos plurais, baratos e acessíveis para todos os moradores do Distrito Federal

Kaká Guimarães

A partir dessa ideia, Kaká assumiu a gestão do Sub Dulcina em março de 2016 e, desde então, busca inserir o espaço na agenda cultural da cidade. Por lá, passaram festas como Mete o Loko e Criolina. No subsolo do teatro alternativo, a decoração é formada por grafites de Pomb, Omik e Ju Borgê. “É muito bom ter um lugar para expressar nossa criatividade sem sofrer preconceito”, opina a DJ Donna, produtora da Boom Bap.

Becos e festas
O SCS também está no roteiro underground. Aos fins de semana, as ruas que formam o local são fechadas para receberem eventos. Por lá, os moderninhos elegeram um espaço para chamar de seu: o Espaço Cultural do Canteiro Central. A mais nova “aquisição” do espaço é a semana 5uinto, que, após 10 anos, deixou o Club 904 (904 Sul) e migrou para o novo point.

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“A gente é obrigado a inovar. O público jovem está muito antenado com as novidades. Por isso, fazemos esse movimento de tentar surpreender”, explica Ruiz, um dos sócios do 5uinto.

Tem mais
O Outro Calaf (Setor Bancário Sul) e o Velvet Pub (102 Norte) abrigam, em meio à programação semanal, festas alternativas. Moranga, Mimosa e a LGBT WoW são alguns exemplos que movimentam as casas.

Colaborou Liz Vieira

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