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Moranga faz festa direcionada ao público LGBT em resposta à homofobia

Depois de casos de preconceito afastarem gays, lésbicas e trans do evento, produtores realizam a Moranguei. Balada divide opiniões

atualizado

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Pedro Lacerda/Shake It/ Divulgação
Moranga
1 de 1 Moranga - Foto: Pedro Lacerda/Shake It/ Divulgação

A festa semanal Moranga faz, nesta quarta-feira (31/5), uma edição voltada ao público LGBT. A Moranguei traz DJs e drag queens da cena brasiliense ao palco do Outro Calaf (Setor Bancário Sul). A iniciativa, que visa atrair um público que deixou de frequentar a balada, no entanto, gerou bastante polêmica.

Os produtores da festa explicam que a intenção da Moranguei é justamente se aproximar da comunidade LGBT. “Desde o início do ano, detectamos que o público da Moranga tinha mudado muito, estava diferente dos frequentadores que gostávamos, aqueles que faziam a balada ter sentido”, conta Daniel Spot, DJ e realizador da balada.

A Moranguei é mais uma tentativa da balada de reavivar laços com o público que frequentava o local anos atrás. Em 2017, eles fizeram outras edições nesse sentido, como a “De Repente 30” e a “Make Moranga Great Again”. Após isso, frequentadores passaram a demandar uma festa dedicada ao público LGBT. Pedido feito e aceito.

Essas ações ficaram presas dentro da Moranga. As pessoas que saíram da balada não viram essas mudanças. Acabou ficando a imagem de que o evento era ruim, agressor. Batalhamos muito para mudar isso e estamos conseguindo. Queríamos nos reconectar com esse público e ouvimos a comunidade. Vamos devolver a festa para gays. Não queremos agressores aqui

Daniel Spot

Spot garante que a política da festa em relação à homofobia e ao machismo será de tolerância zero. “Não vamos aceitar. A gente vai tirar da festa. Essas cenas não vão se repetir”.

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Críticas

A atitude dos produtores da Moranga, no entanto, despertou críticas dentro da comunidade LGBT. Para alguns, a festa se omitiu nos casos de agressão e, agora, tenta se aproveitar do “pink money” — termo usado para definir o dinheiro de gays, lésbicas, trans e bissexuais.

Spot rebate os comentários. “Quem conhece a gente sabe do nosso trabalho, nossas intenções e nossa tentativa de conscientização. Queremos conversar com o público que deixou de ir por conta dos problemas, vamos mostrar que tomamos atitudes para coibir o preconceito na festa”.

No som, os DJs Nasser, Lê Morais e Raw representam a comunidade LGBT e dividem espaço com os residentes Spot, Vitão $$ e Oga Julia. Na porta, a drag queen Carrie Myers recebe o público do evento.

Moranguei
Nesta quarta-feira (31/5), no Outro Calaf (Setor Bancário Sul Quadra 2), a partir das 22h. Entrada a R$ 20, até 23:30; R$ 30, até 1h; e R$ 40, após. Classificação indicativa 18 anos

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