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Voluntário, professor da UnB conserta respiradores em hospitais do DF

Edson Mintsu percorre rede pública de saúde para arrumar aparelhos que podem salvar vidas de pacientes com Covid-19

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Voluntário, professor da UnB conserta respiradores em hospitais do DF
1 de 1 Voluntário, professor da UnB conserta respiradores em hospitais do DF - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Um professor de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB) encontrou uma forma de aliar seu conhecimento à vontade de ajudar a população e os profissionais de saúde no combate à pandemia da Covid-19. Desde o começo deste ano, Edson Mintsu Hung tem se disponibilizado para consertar respiradores em hospitais públicos do DF. Os aparelhos podem ajudar a salvar diversas vidas, especialmente das pessoas acometidas pelo novo coronavírus.

O projeto começou ainda em 2020, fruto de uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Chamado + Manutenção de Respiradores, o programa utilizou recursos de doações de empresas privadas, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec).

Em dezembro, a iniciativa teve fim, mas o professor Edson decidiu continuar por conta própria. “Entre dois e três dias por semana, vou aos hospitais do DF para tentar ajudar como posso. A maioria dos problemas é com respiradores, mas já mexi com diversos outros equipamentos”, explica.

Edson Minstu é professor de engenharia elétrica e faz o trabalho de forma voluntária

O docente usa o conhecimento de anos, em desenvolvimento de produtos eletrônicos, e com o que aprendeu durante os meses no Senai, para atuar. Segundo Edson, é possível resolver alguns dos problemas sem a necessidade de gastar dinheiro. “Às vezes, é só trocar uma peça de um para o outro, coisas assim. É importante, pois eu arrumo hoje e, amanhã, os hospitais já estão utilizando”, detalha.

A rotina não é fácil. Além de estar nos hospitais, Edson precisa correr atrás de peças nos casos mais complicados e ainda dar aulas na UnB. “Dependo muito do dinheiro que sobrou do MPT e da Finatec. Sem isso, não conseguiria fazer nada, pois alguns dos produtos custam R$ 2 mil ou até mesmo R$ 9 mil. É impossível bancar sozinho. Por isso, tento arrumar tudo o que posso sem gastar e separo aquilo que será mais barato para ver primeiro”, esclarece.

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Retorno à população

Trabalhando dessa forma, o professor já conseguiu devolver pelo menos 15 respiradores que estavam sem utilização para a rede pública do DF. “É algo bem urgente, e tento fazer da melhor maneira possível. Na época do Senai, pegamos 99 e devolvemos 66 funcionando”, comenta.

Apesar de não receber nada em troca, Edson diz que faz o trabalho para ajudar as pessoas. “A gente vê que o pessoal está com dificuldade. Isso é uma forma de a universidade também dar o retorno para a população, o que considero muito importante”, destaca.

Empresas ou pessoas que estejam interessadas em ajudar o professor a continuar com o projeto podem fazer doações por meio do site da Finatec. O link redireciona para a página específica do trabalho de Mintsu Hung.

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