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Violência doméstica cresce no DF e PM recebeu, em média, 73 denúncias por dia em 2020

Em comparação com 2019, pedidos de socorro aumentaram 2,3%, aponta 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Saiba como pedir ajuda

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Hugo Barreto/Metrópoles
Violência doméstica
1 de 1 Violência doméstica - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) recebeu, em média, 73 denúncias de violência doméstica por dia em 2020. No total, foram 26.968 pedidos de socorro no período. Os números são do 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicado nessa quinta-feira (15/7).

Se comparada ao total de chamados do ano anterior, a quantidade de ligações por violência doméstica em 2020 aumentou 3,2%.

O anuário aponta que esse foi o 10º maior aumento entra as unidades da Federação. O maior crescimento percentual, na comparação entre 2019 e 2020, ocorreu no Piauí, com 117%, seguido da Paraíba, com 69%.

O número de chamados no 190 não representa o total de mulheres em situação de violência na capital, já que há um conjunto de instituições que atendem essas pessoas. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos orienta sobre os diversos meios de como a vítima de violência doméstica possa buscar socorro, seja por órgãos especializados, como é o caso da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), seja em núcleos de gênero do Ministério Público, ou não especializados, como o 190 e as delegacias comuns.

rede de apoia a mulher

A quantidade de chamadas no 190 é reflexo do número de feminicídios no DF, quando a violência chega ao extremo de tirar a vida da vítima. Foi o caso de Maria Jaqueline de Souza, 24 anos, brutalmente assassinada pelo companheiro no Sol Nascente.

Ela foi morta com dezenas de facadas desferidas pelo namorado, em dezembro do ano passado. “Nenhuma mulher deveria passar por isso. Ainda me sinto horrível por não ter conseguido fazer nada para ajudar”, disse uma vizinha de Maria Jaqueline, ainda em choque com o crime.

Outro caso foi o de Rute Paulina da Silva, de 42 anos, que, em janeiro do ano passado, foi morta, também a facadas, na casa do pai, em Samambaia. O autor do assassinato foi o então companheiro da mulher, que segundo amigos de Rute, era famoso por ser ciumento.

“Depois que tudo aconteceu, eu ainda perguntei ao pai dela se o rapaz tinha batido nela ou algo do tipo. Ele disse que não. Ela era evangélica, uma pessoa maravilhosa”, disse a vizinha Eunice de Almeida, 58 anos.

Como buscar ajuda

Em caso de emergência, uma pessoa vítima de violência doméstica deve ligar para o 190. Para registrar uma ocorrência policial, deve-se procurar a delegacia de polícia mais próxima, a Deam ou fazer um registro eletrônico.

Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia anônima na Polícia Civil, pelo telefone 197, e também no (61) 98626-1197. Para entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher, disque 180.

Outra opção é a Ouvidoria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (PMDFT), pelos telefones 0800 664 9500 ou 127. Também é possível fazer a denúncia pelo site.

A Secretaria da Mulher, do mesmo modo, pode ajudar, bastando ligar no telefone (61) 99415-0635 ou enviar um e-mail para o endereço vocenaoestaso@mulher.df.gov.br.

Na Defensoria Pública, é possível contatar o Núcleo de Promoção e Defesa das Mulheres, pelo telefone (61) 99359-0032 ou no e-mail najmulher@defensoria.df.gov.br.

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