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Usuários reclamam de fechamento de restaurantes comunitários no DF

Muitos foram pegos de surpresa ao encontrarem cinco unidades lacradas nesta segunda-feira (3/12) após encerramento de contrato com empresas

atualizado

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Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
Restaurante comunitario
1 de 1 Restaurante comunitario - Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

Quem costuma almoçar nos restaurantes comunitários encontrou cinco deles fechados nesta segunda-feira (3/12). O atendimento nas unidades de Sobradinho II, Ceilândia, Itapoã, Sol Nascente e Gama foi suspenso após o contrato de prestação de serviços da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh) com as empresas gestoras dos restaurantes ser encerrado.

Antonieta Pereira (foto em destaque), 62 anos, moradora de Águas Lindas (GO), no Entorno do DF, almoça no restaurante de Ceilândia diariamente. Ela trabalha como panfleteira na região, e, devido ao baixo preço e à facilidade, também sempre leva os dois filhos, Pedro e Sara, de 7 e 3 anos, respectivamente.

Com o restaurante fechado, no entanto, ela diz que terá que terminar o expediente da manhã e voltar para casa, antes de almoçar. “Ninguém avisou nada. Espero que não fique por muito tempo fechado”, destacou.

O aposentado Francisco de Souza, 76, também não sabia que a unidade de Ceilândia estava fechada nesta segunda. “Restaurantes comunitários são a melhor coisa que já fizeram no DF. A comida é ótima, e o preço, muito acessível. Quem tem filhos, por exemplo, pode também levar comida daqui para casa. É complicado fechar assim”, assinalou.

A vendedora Maria Leide, 46, e a cabeleireira Maria Félix, 50, tiveram que mudar os planos do dia. “Eu venho para cá às vezes, quando não tem comida em casa. O preço aqui é muito acessível”, diz Leide.

Wanderley Cardoso, 39, técnico de enfermagem, depende diariamente do Restaurante Comunitário. Com o fechamento sem previsão de volta, no entanto, ele diz que terá de procurar outra opção acessível.

A previsão é que o serviço fique suspenso até sexta-feira (7/12), quando os trâmites legais para contratação de novas prestadoras devem ser concluídos. Hoje, no DF, funcionam 14 restaurantes comunitários. Eles oferecem refeições ao custo de R$ 1 para o usuário inscrito no CadÚnico, cuja renda familiar per capita seja de até meio salário mínimo vigente (R$ 477) ou até três salários mínimos totais (R$ 2.862).

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Para o público em geral, o preço é de R$ 2. O GDF complementa esse valor, em média, de R$ 4,17 para cada refeição vendida. Procurada pela reportagem, a Sedestmidh informou que cada uma das unidades que terão o serviço interrompido serve, em média, cerca de mil refeições por dia.

Segundo a pasta, a suspensão ocorrerá porque “as novas empresas têm até cinco dias para iniciar os serviços de atendimento, conforme o item 12.7 do edital de chamamento. Esse é um procedimento operacional, pois as empresas precisam contratar servidores e realizar a compra de insumos”.

Ainda de acordo com a Sedestmidh, o órgão “realiza todos os esforços para que as unidades voltem a funcionar com a maior brevidade”.

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