UnB já utilizou mais de R$ 2 milhões devolvidos pelo MEC, diz reitora

O MEC voltou atrás e devolveu para as instituições de ensino federais valores que haviam sido bloqueados. À UnB, foram devolvidos R$ 2 mi

atualizado 01/12/2022 17:48

estudantes em universidade pública do df - metropoles Hugo Barreto/Metrópoles

Após o anúncio de que o Ministério da Educação (MEC) havia voltado atrás e devolvido para as instituições federais de ensino os valores que haviam sido bloqueados no início desta semana, a Universidade de Brasília (UnB) informou ter utilizado “imediatamente” os mais R$ 2 milhões devidos com despesas da instituição.

A informação foi anunciada pela reitora da UnB, Márcia Abrahão, por meio do Twitter, na tarde desta quinta-feira (1º/12).

De acordo com ela, o valor foi destinado ao pagamento de auxílio financeiro aos estudantes, conta de luz e da empresa de manutenção dos prédios da universidade.

Segundo a reitora, resta, ainda, a devolução do orçamento que foi cortado em junho deste ano.

Bloqueio de verbas

Entidades ligadas ao ensino superior denunciaram um corte de verbas do MEC na segunda-feira (28/11). Associações citaram um bloqueio de recursos realizado “na surdina”, durante jogo do Brasil na Copa do Mundo. A medida afetaria universidades e institutos federais.

O congelamento foi de R$ 344 milhões, destinados para as instituições de ensino superior, segundo cálculos do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Planejamento e de Administração das Instituições Federais de Ensino Superior (Forplad).

Na UnB, a reitoria calculou uma perda de R$ 2 milhões.

“Fomos surpreendidos com mais um corte no orçamento das universidades federais feito pelo Governo Federal. E em pleno fechamento do mês! São milhões que estavam destinados ao pagamento de contas, como água e luz. É inadmissível”, publicou a reitora Márcia Abrahão, na segunda-feira.

Ela explicou ao Metrópoles que o MEC realizou a chamada “retirada de limite”, no termo técnico. “Na prática, é retirar autorização para usarmos o nosso orçamento. Não podemos realizar pagamentos”, disse.

O corte aconteceria num momento em que a UnB ainda sofre com a falta de recursos de emendas parlamentares para pagamento de bolsas de estudantes da assistência estudantil.

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