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Metroviários ignoram Justiça e anunciam manutenção da greve

Em coletiva na tarde desta quarta-feira (22), representantes do SindMetrô disseram que não voltarão ao trabalho sem contraproposta do GDF

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O calvário dos brasilienses que dependem do Metrô-DF continuará. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (22/11), os sindicalistas que representam os trabalhadores da empresa pública anunciaram a manutenção da greve, que já dura 14 dias.

Os servidores da Companhia do Metropolitano acusam o Governo do Distrito Federal (GDF) de contribuir para o caos, impedindo que funcionários entrem nas estações para cumprir o percentual mínimo de mão de obra estabelecido pela Justiça.

Segundo o diretor jurídico do Sindicato dos Metroviários (SindMetrô), Leandro Santos, 17 pilotos apresentam-se diariamente para as funções, mesmo com a paralisação, mas eles são impedidos de iniciar as tarefas. “Fechar as estações foi uma decisão unilateral da empresa. Em outras greves foi estabelecido um percentual de 30%, e o metrô funcionou. A alegação de que existe o risco ao usuário não faz sentido”, disparou.

O Sindicato dos Metroviários (SindMetrô) se recusa a retomar a integralidade dos serviços enquanto o Executivo local não apresentar uma proposta. A categoria reivindica reajuste salarial e nomeação de mais 600 aprovados em concurso. O governo alega não ter recursos para conceder os pedidos.

Metrô rebate
Por meio da assessoria de imprensa, o Metrô-DF informou que o funcionamento das estações depende da presença de pelo menos 18 pilotos, por questões de segurança. Sobre as convocações, a estatal afirmou ter chamado 120 aprovados no concurso de 2014. Até maio, mais 125 tomarão posse.

O Metrópoles entrou em contato com a Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) para comentar a postura dos grevistas, mas o órgão não havia se manifestado até a última atualização deste texto.

O movimento paredista já dura duas semanas e continua, mesmo após o desembargador Pedro Luís Vincentin Foltran, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região, reiterar decisão liminar que determinou aos servidores a circulação de 90% da frota nos horários de pico.

Nesta quarta-feira (22/11), representantes da empresa e do Sindicato dos Metroviários se reuniram para tentar um acordo. Como não houve consenso, o magistrado deve se manifestar a qualquer momento sobre os rumos da paralisação. A expectativa é de que ele reduza o percentual, o que viabilizaria o retorno parcial das atividades.

O juiz deve avaliar o relatório produzido por oficiais de justiça que fizeram diligências, nos últimos dias, sobre a notícia de que o sindicato não estaria cumprindo a decisão liminar. Nesta quarta, a empresa conseguiu reunir 16 dos 31 pilotos que integram o quadro, mas não atingiu os números mínimos de segurança: 18, para pilotos, e 39 dos 79 agentes de estação.

A Procuradoria-Geral do DF informou ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) o descumprimento da decisão por parte dos metroviários. O GDF também cobrou o pagamento, pelo sindicato da categoria, de multa fixada em R$ 100 mil por cada dia de paralisação. O valor devido pelos servidores já soma mais de R$ 1,3 milhão e, caso a categoria continue descumprindo a determinação judicial, a pena poderá ser aumentada.

Procurado pela reportagem, o Metrô-DF informou que aguarda a decisão judicial. De acordo com a empresa, pelo menos 75% da frota deve circular, por questão de segurança.

Faixas liberadas
Por conta da paralisação, as faixas exclusivas para ônibus na EPTG e na EPNB continuarão liberadas para carros até as 23h59 desta quarta-feira (22). A medida tem o objetivo de amenizar os transtornos causados pela greve dos metroviários. O Departamento de Trânsito (Detran) adotou a mesma iniciativa para as vias W3 Sul e Norte e para o Setor Policial Militar.

Além da liberação das vias exclusivas, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) vai garantir a permanência do reforço da frota com mais 67 veículos das empresas São José, Urbi e Marechal. A autarquia informa ainda que tem monitorado o sistema de transporte público, e carros extras poderão ser alocados para atender as linhas mais demandadas.

 

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