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EPTG: sistema de faixas reversas começa nesta segunda. Veja detalhes

No sábado (16), foram feitas simulações com seis ônibus nas pistas exclusivas, que terão sentido contrário nos horários de pico

atualizado

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Acácio Pinheiro/Agência Brasília
faixa reversa
1 de 1 faixa reversa - Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

As faixas reversas da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) começarão a funcionar para ônibus nesta segunda-feira (18/3). Para facilitar a vida de motoristas e passageiros, o Metrópoles preparou um guia para explicar as mudanças.

O que são?
O fluxo das faixas exclusivas para ônibus da EPTG será invertido: os coletivos passarão a circular no sentido contrário aos carros. A medida foi anunciada pelo governo como forma de contornar o problema do uso das paradas, instaladas do lado oposto das portas dos ônibus.

Quando vai funcionar?
O sistema será implementado nos horários de pico de dias úteis, das 6h às 9h e das 17h30 às 19h45. A mudança, de caráter provisório, deverá permanecer por um ano. Pelas contas do governo, a redução do tempo de viagem será de 30 minutos. Ao todo, serão 63 linhas operando no modelo invertido (veja a relação abaixo).

No sábado (16), foram feitas simulações de testes no local, com seis ônibus transitando pela faixa reversa, numa operação da qual participaram o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Valter Casimiro; o diretor-geral do Transporte Urbano do DF (DFTrans), Josias Seabra; e o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Fauzi Nacfur Junior.

Atenção: tudo volta ao normal fora dos horários de pico
Fora dos horários invertidos, as regras para o trânsito voltarão ao modelo atual, com as faixas exclusivas para transportes escolares, táxis, ambulâncias, veículos policiais e coletivos semiexpressos. Hoje, em média, trafegam na EPTG 120 mil veículos por dia.

Reprodução/GDF

 

Cuidado na hora do embarque: use a passarela
Nos horários em que os ônibus passarão pela faixa invertida, os passageiros deverão ficar atentos, pois o embarque e o desembarque serão no canteiro central da EPTG, do lado da faixa reversa.

“Basicamente próximo de todas as paradas de ônibus nós temos uma passarela. Então, pedimos para que a população utilize essa passarela, para que não tenha qualquer tipo de acidente ou coisa do tipo”, aconselhou o diretor-geral do DFTrans, coronel Josias Seabra.

Veja as linhas que passam pelas faixas reversas

Tabela de Linhas EPTG – Pas… by on Scribd

Veja as linhas que não passam pelas faixas reversas:

Tabela de Linhas EPTG – Não… by on Scribd

 

Cones na sinalização
Ao longo do período de inversão provisória, nos 12,6 km de faixas exclusivas, a sinalização, com cones e outros itens, será mantida 24 horas por dia.

Toda a extensão das faixas exclusivas será monitorada de perto durante a operação pelos agentes do DER-DF e contará com o apoio do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) e do Departamento de Trânsito do DF (Detran).

Dois guinchos ficarão posicionados nas extremidades da rodovia durante os horários de pico para atender eventuais emergências envolvendo os ônibus, para que sejam removidos rapidamente. Por medida de segurança, a velocidade na faixa reversa será de 60 km/h.

Aquisição de ônibus com portas no lado esquerdo
Segundo o secretário de Transportes, Valter Casemiro, o governo vai cobrar das empresas do sistema de transporte público aquisição de 309 ônibus com portas no lado esquerdo até 18 de março de 2020.

O GDF afirma que não haverá custo para os cofres públicos, porque a compra de veículos está prevista no contrato feito com as companhias. Serão 56 coletivos da Marechal, 42 da Urbi e 211 da São José. Após a entrega, a inversão será suspensa.

BRT não está previsto
O GDF notificou as empresas para a aquisição dos coletivos com portas invertidas. Sem informar valores, Casimiro argumentou que o custo de operação do modelo invertido será mínimo. Caso as compras não sejam realizadas, o Executivo poderá aplicar penalidades contratuais.

No entanto, esses novos ônibus ainda não serão utilizados para a instalação do BRT – que ligará Sol Nascente, Ceilândia e Plano Piloto. Segundo o secretário, ainda precisam ser realizadas obras para a implantação do sistema.

“A faixa exclusiva de ônibus da EPTG foi construída em 2010. Desde então, nunca foi utilizada da forma correta, porque as empresas contratadas para operar o sistema de transporte coletivo não tinham feito a aquisição dos ônibus com porta também do lado esquerdo”, destacou Valter Casimiro.

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