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DF perdeu R$ 2,83 bilhões com violência no trânsito em 2016

Valor é menor que o de 2015, quando foram computados R$ 5 bi, e leva em conta o que deixou de ser gerado pelas vítimas no período

atualizado

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Corpo de Bombeiros/Divulgação
Acidentes de trânsito
1 de 1 Acidentes de trânsito - Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

A violência no trânsito no Distrito causou um impacto econômico de R$ 2,83 bilhões no ano passado, ou 1,09% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa é a perda da capacidade produtiva provocada por acidentes que mataram pelo menos 287 pessoas e deixaram outras 128 com invalidez permanente no período analisado na capital do país. O valor corresponde ao que seria gerado pelo trabalho das vítimas, caso não tivessem se acidentado. O cálculo é do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros.

Em 2015, a perda financeira foi de R$ 5 bilhões, ou quase o dobro do registrado no ano passado. O fator que mede a perda da capacidade produtiva é chamado de Valor Estatístico da Vida (VEV), ou seja, o quanto cada brasileiro deixa de produzir anualmente em caso de morte ou invalidez.

São Paulo, Minas Gerais e Paraná lideram as estatísticas de perdas decorrentes dos acidentes de trânsito. Segundo o estudo do CPES, o impacto econômico nesses estados foi de R$ 24,7 bilhões, R$ 15,7 bilhões e R$ 11 bilhões, respectivamente. Em São Paulo, morreram 5.248 pessoas em acidentes no ano passado – quase o dobro de toda a Região Norte. O Rio de Janeiro registrou perdas de R$ 10,2 bilhões, com 2.199 mortes no trânsito. Já o Nordeste lidera em número de acidentes com invalidez permanente: 11.086, sendo 4.094 no Ceará e 1.609 em Pernambuco.

O Centro-Oeste sofreu a maior perda em comparação com o Produto Interno Bruto: o impacto da violência no trânsito consumiu 3,6% do PIB regional, seguido das regiões Nordeste (2,8%) e Sul (2,6%). O Estado de Goiás, por exemplo, registrou 1.559 mortes em acidentes e 1.622 casos de invalidez permanente, o que representou impacto de R$ 6,8 bilhões (4% do PIB).

Mas há casos em que a situação é muito mais grave. Em Roraima, a perda chega a 6% do PIB estadual, recorde no país. “Quando uma pessoa morre num acidente, ela deixa de produzir riquezas para seu país. Se fica inválida, deixa de produzir e também impacta a economia de sua família, porque fica dependente de cuidados e tem despesas adicionais. É disso que a nossa pesquisa trata”, explica Cláudio Contador, diretor da CPES.

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