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“Tive medo de morrer”, diz jovem que encontrou carro incendiado por vândalos

Carro do universitário Gabriel Marques estava estacionado em frente ao edifício-sede da Polícia Federal, quando foi apedrejado e incendiado

atualizado

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Reprodução
Carro cinza com janelas quebradas
1 de 1 Carro cinza com janelas quebradas - Foto: Reprodução

O carro do estudante Gabriel Marques, 21 anos, foi um dos veículos apedrejados e incendiados durante atos de vandalismo cometidos por bolsonaristas extremistas, na noite dessa segunda-feira (12/12). O veículo estava estacionado em frente ao edifício-sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, e ficou totalmente destruído.

O jovem terminava o expediente em um escritório de advocacia, no Setor Hoteleiro Norte (SHN), quando começaram os protestos. Ao deixar o prédio em que trabalha, Gabriel não imaginava que encontraria o carro totalmente destruído.

“Eu fiquei paralisado, acompanhando de longe. Vi o momento em que meu carro pegava fogo e não pude fazer nada, porque também tive medo de morrer. Eles estavam queimando ônibus, lixo e contêineres. Um verdadeiro caos”, relata Gabriel.

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O jovem é estudante de relações internacionais e conta que o carro, um Ford Fiesta, foi um presente do avô, que morreu em abril. O veículo não tinha seguro, e Gabriel registrou boletim de ocorrência on-line, na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por dano patrimonial.

Veja fotos dos veículos queimados:

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O que fazer

Especialista em direito civil, Wesley Lima Verde afirma que o primeiro passo para quem teve o carro depredado em casos como os dessa segunda-feira (12/12) é registrar boletim de ocorrência e acionar o seguro.

Caso o veículo não tenha seguro, é necessário procurar um advogado especialista em responsabilidade civil, para cobrar na Justiça a reparação do dano.

“Se identificar o responsável pelo estrago do carro, é possível fazer uma ação de reparação de danos materiais. Caso não identifique, é preciso averiguar o local exato onde os carros estavam estacionados, para verificar se há responsabilidade da Polícia Federal, por exemplo”, comenta o especialista.

Wesley destaca que também há possibilidade de responsabilizar o Governo do Distrito Federal (GDF) pelo estrago dos veículos, se o estacionamento não for de responsabilidade da Polícia Federal, pois, nesse caso, a segurança dos veículos no espaço do vandalismo seria de responsabilidade do Estado.

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