Enterro de Shirlene e Tauane, mãe e filha mortas no DFno DF
Mãe e filha foram mortas a facadas
Hugo Barreto/Metrópoles
Enterro de Shirlene e Tauane, mãe e filha mortas no DFno DF
Cartazes com pedidos de justiça foram exibidos durante o sepultamento
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Enterro de Shirlene e Tauane, mãe e filha mortas no DFno DF
Enterro foi marcado por tristeza e revolta
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Enterro de Shirlene e Tauane, mãe e filha mortas no DFno DF
Amigos e familiares se despediram das duas na tarde deste sábado
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Enterro de Shirlene e Tauane, mãe e filha mortas no DFno DF
Cartazes com pedidos de justiça foram exibidos durante o sepultamento
Hugo Barreto/Metrópoles
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Mãe e filha viviam com a família em uma casa no Sol Nascente, situada nos arredores do córrego. O local despertava medo no coração da tia de Shirlene, a auxiliar de escritório Nalva Ferreira da Silva, 50 anos. Uma semana antes do desaparecimento, ela esteve na região com as vítimas. Após constatar o perigo, pediu para as parentes não voltarem mais ao lugar.
“Eu estive lá com elas. Elas insistiram. Eu não queria ir. Mas imploraram tanto. Meu coração pedia para não ir. De tanta insistência, eu fui. Cheguei nesse córrego, fiquei olhando, tomei banho e disse: vamos sair daqui o mais rápido possível. Pedi para Shirlene e Tauane nunca mais pisarem lá sozinhas. Eu não desço mais. Pedi para elas não descerem mais lá. Eu pedi em nome do nosso Senhor Jesus, não quero que desçam mais. Mas aí desceram”, relatou a auxiliar de escritório.
Nalva participou do enterro de Shirlene e Tauane, na tarde do sábado (25/12), Natal, no Cemitério de Taguatinga. Durante a despedida, familiares e amigos cobraram celeridade da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na elucidação do crime.
“Meu coração está muito triste, magoado. Eu quero justiça, que isso não fique impune. Quero que peguem a pessoa responsável por isso. Quero que ele apodreça na cadeia”, desabafou.
“Sem elas, o Natal foi uma tristeza”, lamentou Nalva. “Estamos muito abaladas. Não tem clima para nada. Eu estou vendo minha sobrinha na minha frente, sorrindo. Ela gostava de sorrir. Eu fazia ela sorrir”, disse. Segundo a auxiliar de escritório, a sobrinha era uma pessoa muito alegre e prestativa. “Eu amo a Shirlene. Era educada e gostava de ajudar todo mundo. E Tauane era uma menina calma”, resumiu.
No Cemitério de Taguatinga, amigos e familiares se despediram das duas, inconsoláveis. Com cartazes, pediam “justiça na terra, porque a do céu não falhará”.
O pintor Antônio Wagner Batista da Silva, 41, marido e pai das vítimas, despediu-se da esposa grávida de 4 meses e da filha adolescente. “Que vão em paz! Que Deus guarde elas!”, disse.
Shirlene Ferreira da Silva, de 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14 anos, desapareceram no dia 9 de dezembro, após saírem para tomar banho em um córrego no Sol Nascente. Shirlene estava grávida de 4 meses
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Assim que seu pai, Antônio Batista, chegou do trabalho, o menino o alertou sobre o sumiço das familiares. Segundo o relato do jovem, a mãe pegou mochila, toalha amarela listrada, guarda-chuva e biscoito, e saiu com a irmã dele para o córrego, mas as duas não retornaram
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Após contatar a família e não obter retorno quanto ao paradeiro da esposa e filha, Antônio Batista, marido de Shirlene, acionou os bombeiros. As buscas começaram no mesmo dia
Gustavo Moreno/ Metrópoles
No entanto, somente em 11 de dezembro, terceiro dia de investigação, a primeira pista surgiu. Segundo os bombeiros, cães encontraram chinelo e um guarda-chuva que, de acordo com Antônio, pertenciam às vítimas
CBMDF/Divulgação
O quarto dia de buscas foi marcado pela informação de que Shirlene e a filha estariam em uma igreja em Samambaia, o que chegou a interromper a procura. Como a informação não se confirmou, as buscas foram retomadas
CBMDF/Divulgação
Em 14 de dezembro, sexto dia de busca, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu nova linha de investigação e passou a trabalhar com a hipótese de as duas terem fugido para o Piauí, terra natal de Shirlene
Igo Estrela/ Metrópoles
Após oito dias e sem qualquer pista sobre o paradeiro de mãe e filha, os bombeiros encerraram a procura e as investigações ficaram apenas com a Polícia Civil do DF
Gustavo Moreno/ Metrópoles
Em 18 de dezembro, no entanto, uma testemunha ocular informou à polícia que viu Shirlene e a filha descendo para o córrego. Com isso, as buscas foram retomadas
Gustavo Moreno/ Metrópoles
A região onde os corpos foram encontrados é a mesma onde Cleonice Marques de Andrade, uma das vítimas de Lázaro Barbosa, foi morta pelo maníaco que aterrorizou o DF e o Entorno, em junho
Rafaela Felicciano/Metrópoles
À época, a PCDF cogitou a possibilidade de que Shirlene e a filha poderiam ter sido vítimas de latrocínio, já que a mochila que elas levavam não foi encontrada
Gustavo Moreno/ Metrópoles
Perto dos corpos das vítimas foi encontrada uma camiseta cinza que não pertencia a elas. O objeto foi enviado para o Instituto de Criminalística da PCDF
Hugo Barreto/Metrópoles
De acordo com a polícia, os cadáveres estavam em avançado estado de decomposição. A corporação realizou perícia nos corpos e na área
Gustavo Moreno/ Metrópoles
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Investigação
A Polícia Civil do Distrito Federal continua a investigação para descobrir quem matou Shirlene e Tauane. As duas foram dadas como desaparecidas em 9 de dezembro. Familiares das vítimas viveram 11 dias de angústia, até que os corpos foram encontrados parcialmente enterrados e cobertos por folhas, no Córrego da Coruja.
O Instituto Médico Legal (IML) analisa vestígios de DNA nas unhas e roupas que possam levar à identificação do autor do crime bárbaro. Por enquanto, a PCDF descarta crime sexual, uma vez que as duas estavam vestidas.
“O laudo sai em 10 dias. Por enquanto, a única coisa que temos é que a causa da morte foi por objeto perfurocortante, facada. A mãe [levou a facada] na região torácica, e a filha no pescoço”, revelou Gustavo Augusto da Silva Araújo, delegado-chefe adjunto da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte – Ceilândia).
Outra evidência importante para os policiais é uma camiseta cinza encontrada perto de onde os corpos estavam, e que não pertence a nenhuma das vítimas. O objeto foi enviado para o Instituto de Criminalística da PCDF.
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