metropoles.com

TCDF mantém multa a servidores por erro na compra de próteses malfeitas

A Corte de Contas analisou que a ata de preço escolhida foi irregular e que os materiais podiam até mesmo quebrar dentro dos pacientes

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/TCDF
Estoque de proteses
1 de 1 Estoque de proteses - Foto: Reprodução/TCDF

O Tribunal de Contas do DF (TCDF) manteve multa aos responsáveis por firmar contrato de compra de órteses e próteses para o DF, entre 2009 e 2015, que teria gerado um prejuízo que alcançaria R$ 2 bilhões. Em sessão remota, realizada nessa quarta-feira (22/7), os conselheiros acompanharam por maioria o voto do conselheiro Renato Rainha a fim de manter a punição relativa ao termo de referência do contrato.

Correm na Corte e na Justiça outros processos de Tomada de Contas Especial (TCE) acerca do acordo com a empresa Aga Med, o que levou, inclusive, à prisão dois ex-secretários de Saúde Rafael Barbosa e Elias Miziara.

Porém, o caso votado nessa quarta refere-se a um recurso assinado por médicos, gestores, diretores e coordenadores para que não fossem multados. Eles já haviam sido condenados pelo TCDF por irregularidades na estimativa de consumo para aquisição de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (PME’s) e por irregularidades na adesão ao uma ata de registro de preços do Rio de Janeiro. A multa dessa condenação foi mantida.

A Aga Med aderiu a uma ata do Rio de Janeiro para executar com materiais de baixa qualidade e com estimativa acima do necessário para o uso no DF. As próteses eram de qualidade inferior e, grande parte, foi incinerada por ser inservível.

Com o pedido dos materiais, a Secretaria de Saúde ficou com próteses ruins, que não serviam para os pacientes, mas não podia comprar novas, por isso, a incineração. “Segundo ortopedistas ouvidos pelos auditores, as próteses e órteses eram de difícil manuseio e tão malfeitas que podiam quebrar dentro dos pacientes”, afirmou o conselheiro Renato Rainha.

O dano que apenas esse acordo com a Aga Med teria dado aos cofres locais é de R$ 19 milhões, em valores atualizados. Mas, segundo a força-tarefa do MPDFT de Combate à Corrupção na Saúde, realizada após relatório do TCDF, as fraudes em licitações na Secretaria de Saúde geraram prejuízo de, ao menos, R$ 2,2 bilhões aos cofres públicos entre 2009 e 2015.

Assim, foi mantida a multa pela adesão à ata de registro de preço do Rio de Janeiro, que foi irregular. Além disso, pela inadequação das estimativas de consumo nos termos de referência e pela execução da ata sem comprovação de demanda.

Foi mantida a multa do coordenador de especialidades da ortopedia, Renato Sérgio Lyrio Mello. Ele quem coordenava, à época, todas as compras da ortopedia da Secretaria do DF ;

O médico anestesiologista da Secretaria de Saúde do DF, ex-diretor de Assistência Especializada, Vicente de Paulo Silva de Assis; o ex-subsecretário de Saúde do DF, José de Moraes Falcão e a outras duas pessoas também deverão pagar valores que variam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil somente nesse caso específico.

0

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?